A engenheira ambiental Marleide Junqueira Oliveira, de 37 anos, foi sepultada às 17h desta sexta-feira (12) no Cemitério Municipal de Conceição do Coité, a 212 km de Salvador. Os restos mortais da engenheira, encontrados em um matagal Ilha de Itaparica no dia 29 de julho, foram liberados do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues na manhã de hoje e trasladados para o município. O resultado do exame de DNA da ossada foi divulgado pelo delegado Adailton Adan, titular da 11ª Delegacia (Tancredo Neves), após o material genético da vítima ter sido comparado ao sangue da mãe de Marleide, que deu um índice de quase 100% de maternidade. Agora, falta apenas o resultado da perícia que vai determinar a causa da morte, que deve sair na próxima semana e será divulgado junto ao laudo do exame de antropologia da arcada dentária. A engenheira desapareceu há quase 11 meses, após sair de casa para encontrar o ex-namorado Antonio Luís de Jesus. Antônio está preso na Unidade Especial Disciplinar (UED), no Complexo da Mata Escura, acusado de homicídio, ocultação de cadáver e aborto - Marleide estava grávida dele. A polícia encontrou a ossada com a ajuda de um militar que disse ter sido coagido por Antonio para levar o corpo até a ilha. Antonio deverá ser interrogado novamente e ir a júri popular. Na época, a Justiça entendeu que Antônio era responsável pelo sumiço da engenheira, já que, segundo testemunhas, ele foi a última pessoa vista com ela. Marleide desapareceu no dia 21 de agosto. Ela saiu de casa sem documentos e disse que encontraria o namorado. Antônio foi preso um mês depois, quando se apresentou espontaneamente na delegacia sem saber que havia um mandado de prisão contra ele. No depoimento, alegou que estava em companhia de Edneuza Barboza e o filho de 8 meses no dia do desaparecimento de Marleide. Mas seu álibi não se sustentou já que a própria Edneuza negou a versão.
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