Os passageiros das linhas de transporte metropolitano passaram por mais uma manhã de dificuldades na Estação Mussurunga, em Salvador, nesta quinta-feira (4). De acordo com o relato dos trabalhadores ao Jornal da Manhã, os ônibus que realizam a linha Estação Mussurunga- Camaçari, cidade da Região Metropolitana da capital baiana, sempre saem lotados e com muitos atrasos, o que torna chegar ao trabalho uma batalha diária.
"[Isso aqui] é sempre e essa semana está pior. O ônibus de 5h40 não está passando e [por isso] a fila fica enorme e a gente vive esse aperto todos os dias. Até Camaçari é assim", pontuou uma trabalhadora.
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Ainda segundo os trabalhadores, os horários de 5h20 e 5h40 não estão passando e por isso grandes filas são formadas na estação. Na quarta-feira (3), os trabalhadores registraram a situação e reafirmaram os atrasos. Veja:
"Está sendo difícil, eu pedi demissão porque estou pagando para trabalhar. Estou desistindo, porque sair de casa e ter que pagar para trabalhar por causa de um órgão que não funciona... Eu preferi desisti porque estou estressado, eu tenho família, dois filhos, o risco é muito grande. [Os ônibus] quebram todo dia, é assalto...A gente não tem segurança nenhuma", relata outro trabalhador à TV Bahia. Ele usa a mesma linha há quatro anos.
Protesto de passageiros deixou a Estação Mussurunga congestionada
No último dia 8 de março, os passageiros das linhas metropolitanas se organizaram e realizaram um protesto. O objetivo era chamar atenção e exigir melhoras da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), órgão responsável pela gestão do transporte público na região.
O protesto foi sobre a linha 808, Camaçari-Terminal Mussurunga, que é uma das principais do sistema metropolitano e transporta cerca de 58.258 mil passageiros por mês, de acordo com a Agerba. O serviço é operado pela empresa Avanço.
"Ligamos diariamente para Agerba, registramos protocolos de reclamação, nós somos organizados enquanto passageiros. Todos os dias alguém liga, reclama e ninguém faz nada. Há uma conivência do poder público em nos ignorar. Eu sou chamada atenção por chegar atrasada no trabalho, assim como outras pessoas, e estamos a mercê dessa empresa Avanço", pontua uma trabalhadora, à época.
O iBahia entrou em contato com a Agerba para um posicionamento, mas até o momento não recebeu resposta.
Iamany Santos
Iamany Santos
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