Os rodoviários do transporte público de Salvador fecharam a saída da estação da Lapa, nesta sexta-feira (26), para realização de uma assembleia. A ação dos trabalhadores cobrava o pagamento de verbas rescisórias da antiga Concessionária Salvador Norte (CSN). As estações do BRT Lapa e Barris também foram afetadas.
Segundo apuração da TV Bahia no local, os ônibus estavam entrando na estação da Lapa, mas não estavam saindo, até por volta de 13h30, quando o movimento acabou. A assembleia causou alguns transtornos para a população e pessoas foram flagradas andando até seus destinos devido à paralisação.
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Em nota o Sindicato dos Rodoviários informou que a iniciativa tem o objetivo de expressar as preocupações e reinvindicações da categoria. Além disso, a assembleia tem o objetivo de destacar as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores da extinta CSN e exigem a venda do terreno "Pirajá I" para que as dívidas sejam quitadas.
Em nota, a Secretaria de Mobilidade de Salvador (Semob) informou que repudia o ato dos trabalhadores. Além disso, a pasta informou que "tem a expectativa da realização do pagamento aos trabalhadores por parte dos antigos concessionários e vem dialogando com as partes envolvidas para que cheguem a um acordo."
A Semob informou que, em diálogo com os trabalhadores, foi informado que não haveria o fechamento dos terminais nas mobilizações da categoria, mas que isso não aconteceu.
TRT afirma que regularização da situação dos rodoviários deve acontecer em agosto
Em nota, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) informou que um Procedimento de Mediação Pré-processual (PMPP) foi apresentado para resolver a situação. O objetivo da ferramenta é arrecadar recursos para quitar as rescisões.
O acordo firmando no PMPP estabelece que, primeiro, os valores serão obtidos para pagar as rescisões. Em seguida, cada trabalhador deverá assinar um acordo individual no sindicato.
Ainda conforme o TRT, alguns trabalhadores já receberam seus valores rescisórios. As quantias foram pagas com recurso do município de Salvador e com desapropriação de imóveis.
O órgão detalha ainda que os imóveis conhecidos como "Pirajá I" já foram vendidos, mas a venda ainda não foi formalizada por questões burocráticas. A expectativa do órgão é que a regularização aconteça no dia 1º de agosto.
Depois disso, o pagamento dos trabalhadores deve ser realizado.
Iamany Santos
Iamany Santos
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