Mentir para outras pessoas é, normalmente, algo que ninguém aceita, a não ser que seja o dia 1º de Abril. Conhecido também como "Dia dos Tolos", "Dia dos Bobos" ou "Dia da Mentira", o primeiro dia de abril, que acontece nesta segunda-feira, é um dia de pregar peças e enganar quem não estiver esperto, tradição que surgiu no país desde os tempos do Imperador Dom Pedro I.
Vamos mais à fundo nessa história?
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A razão por trás do Dia da Mentira
Durante a reforma protestante na Europa, a Igreja Católica tentou reafirmar sua soberania a partir do Concílio de Trento, na Itália (1545-1563), mudando o jeito com que o ano era contado do Calendário Juliano, que estava em vigor desde o Império Romano, pelo Calendário Gregoriano, que é o que ainda usamos hoje em dia.
Segundo Informações da National Geographic Brasil, algumas fontes sugerem que é possível que o 1º de abril que conhecemos hoje tenha sido influenciado pelo Festival Romano de Hilária (25 de Março) ou Festival Holi (31 de Março), na Índia.
Mas a razão mais aceita pelas tradições de 1º de abril surgiram na França medieval, como forma de protestar contra as mudanças do Calendário Gregoriano, que dividiam o ano em 365 dias e quatro estações, e fez com que o ano se iniciasse no dia 1º de janeiro, e não mais na páscoa.
Até Dom Pedro I foi alvo do Dia da Mentira
No entanto, as tradições brasileiras do 1º de abril foram trazidas no início do séc. XIX, mais precisamente em 1828, em que o jornal "A Mentira", situado em Minas Gerais, publicou a notícia da morte de Dom Pedro I.
Ainda segundo a NatGeo Brasil, a verdade, no entanto, é que o então Imperador do Brasil só veio a falecer em 24 de setembro de 1834, em Portugal.
Desde então, as brincadeiras de primeiro de abril foram generalizadas pelo país, e é comum ver alguém dizendo que "caiu no 1º de abril" ou que fez alguém cair numa enganação divertida.
Helena Pamponet Vilaboim
Helena Pamponet Vilaboim
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