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Cemitério Bosque da Paz

Divaldo Franco é enterrado sob aplausos e forte comoção em Salvador

Sepultamento do médium aconteceu nesta quinta-feira (15), no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador

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Naiana Ribeiro

15/05/2025 às 15:17 - há 4 dias
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O líder espírita Divaldo Franco foi enterrado nesta quinta-feira (15), em uma cerimônia marcada por aplausos e grande comoção de amigos, familiares e admiradores, no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador. O médium morreu na noite de terça-feira (13), vítima de falência múltipla dos órgãos.


				
					Divaldo Franco é enterrado sob aplausos e forte comoção em Salvador
Corpo de Divaldo Franco é enterrado sob forte comoção em Salvador. Foto: Phael Fernandes/TV Bahia

O sepultamento ocorreu por volta das 10h30. Entre as pessoas presentes estavam o cantor Carlinhos Brown e o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil).

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"Divaldo agora tenha uma nova missão, mas ele sempre foi luz e será. O que a gente agora roga é que tenhamos a oportunidade dele ainda reencarnar no nosso tempo, porque precisamos muito dessa luminosidade", disse Carlinhos Brown em entrevista à TV Bahia..

"Ele é muito querido e é o maior líder espiritual 'vivo', hoje. Olhe o que estou dizendo: 'vivo', porque Divaldo vive nos nossos conceitos e pensamentos. Viva esse espírito de luz", ressaltou o cantor baiano.

Para honrar um último pedido do religioso, o velório de Divaldo Franco foi realizado na quarta-feira (14), no ginásio de esportes da Mansão do Caminho, com o caixão fechado. A decisão foi tomada para preservar a imagem sorridente do médium na memória das pessoas com quem ele conviveu.

Divaldo, considerado um "pai" para as 685 pessoas acolhidas na Mansão do Caminho — instituição filantrópica que fundou em 1952 no bairro de Pau da Lima — foi homenageado por seus "filhos" e admiradores.


				
					Divaldo Franco é enterrado sob aplausos e forte comoção em Salvador
Velório de Divaldo Franco. Foto: Reprodução/TV Bahia

Antes de falecer, Divaldo havia solicitado uma despedida simples. Ele pediu que, ao invés de flores, os admiradores convertessem o dinheiro em doações para a instituição que fundou.

O médium lutava contra um câncer na bexiga desde novembro do ano passado. Ele foi internado duas vezes devido a problemas urinários e, em fevereiro, começou a ser acompanhado por um serviço de home care. Divaldo seguia em casa, na Mansão do Caminho, quando seu falecimento foi confirmado às 21h45 do dia 13 de maio.


				
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Velório de Divaldo Franco. Foto: Reprodução/TV Bahia

Quem foi Divaldo Franco, líder espírita que morreu aos 98 anos em Salvador


				
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Foto: Assessoria de Comunicação de Divaldo Franco

Divaldo Franco nasceu em Feira de Santana e, desde os 4 anos, começou a manifestar os primeiros sinais de mediunidade. Aos 20 anos, psicografou sua primeira mensagem, dando início a uma trajetória que não pararia mais. Ao longo de sua vida, tornou-se autor de 263 livros mediúnicos, traduzidos para mais de 17 idiomas. Entre essas obras, 70 foram ditadas pelo espírito de Joanna de Ângelis, que o guiou espiritualmente durante toda a sua jornada.

Considerado um dos maiores líderes religiosos do Brasil, Divaldo foi frequentemente comparado a Chico Xavier, sendo visto como um de seus sucessores. Ele percorreu o mundo com mais de 20 mil palestras, levando a doutrina espírita e a mensagem de paz a diversas culturas. Em 2019, sua vida foi retratada no cinema, e ele se tornou um ícone da paz, sendo reconhecido mundialmente como o "Embaixador da Paz".

"Todos esperam que a paz venha dos governos, que decrete. Nunca se terá paz por decreto, é a transformação moral do indivíduo para a melhor. Quando o indivíduo se melhora, o mundo se torna mais feliz”, afirmou Divaldo Franco.

Seguidores da doutrina, artistas, clubes de futebol e autoridades lamentaram nas redes sociais a morte do médium.

Um dos maiores legados deixados por Divaldo Franco é a Mansão do Caminho, fundada em 1952. Hoje, o complexo educacional cuida de mais de 1,6 mil crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e oferece, ainda, assistência médica, social e espiritual. São mais de 5 mil atendimentos todos os dias, levando acolhimento e serviço a quem precisa.


				
					Divaldo Franco é enterrado sob aplausos e forte comoção em Salvador
Divaldo Franco era natural de Feira de Santana e dedicou mais de 70 anos ao espiritismo. Foto: Mansão do Caminho

"Ele preparou o caminho e o caminho não parou com ele. Então, o bem não para. O bem é um longo caminho, e nós vamos continuar no bem, ampliando o nosso serviço e atendendo a comunidade toda”, disse Mário Sérgio Almeida, presidente da Mansão do Caminho.

O líder religioso não deixou filhos biológicos, mas ao longo de sua vida, acolheu e cuidou de 685 crianças, as quais considerava como seus filhos. Divaldo teve a guarda de muitos desses jovens, oferecendo amor, apoio e educação na Mansão do Caminho. Um exemplo disso é Edilson Pereira da Silva, que chegou à instituição com apenas 3 anos e, como tantos outros, cresceu sob os cuidados do médium, que se tornou uma figura paterna para ele e para muitas outras crianças. "Nós somos filhos do amor. Homens e mulheres que largaram suas vidas, seus afazeres, seus filhos, para cuidar dos filhos alheios. Nós somos privilegiados por ter esse homem que nos ama, nos amou por toda a vida”, afirmou o auxiliar administrativo.

"Desde muito cedo, eu abracei a doutrina espírita, e essa doutrina, que é uma religião da ciência, uma ciência da filosofia e a filosofia da religião preencheu a minha vida de tanta beleza, que eu compreendi a necessidade de repartir”, disse Divaldo Franco.

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