Das 21 medalhas (sete ouros, seis pratas e oito bronzes) que o Brasil conquistou nos Jogos Olímpicos de Tokyo, cinco vieram de atletas baianos, 25% do total. A Bahia esteve representada em quatro das sete vezes em que o Brasil chegou ao mais alto lugar no podium, o impressionante número de 57%.
O desempenho foi tão expressivo que, se fosse um país à parte, a "República da Bahia", nome que surgiu como uma brincadeira em meio às disputas, ficaria em 21º lugar no quadro geral de medalhas, à frente da Espanha, e ainda derrubaria o Brasil do 12º para o 24º lugar. Não seria exagero ou injusto se, de repente, ouvíssemos o Hino ao Dois de Julho na hora da premiação e o hasteamento da bandeira da Bahia.
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Nos Jogos Olímpicos de Paris, a delegação baiana terá um aumento de 11 (Tokyo-2020) para 15 atletas distribuídos em seis modalidades, com destaque para o boxe, com cinco classificados, a canoagem, com quatro atletas, o ciclismo e a natação, com dois cada, a maratona aquática e o futebol feminino, com uma representante.
Com boas chances em todas as modalidades, as melhores expectativas são para o boxe, pois a Bahia é um dos estados com maior tradição no esporte, com metade das medalhas olímpicas do país na modalidade, e é considerada um grande celeiro de atletas.
Na canoagem, o super vencedor Isaquias Queiroz já chega a Paris a uma medalha de se igualar a Robert Scheidt, da vela, como o maior medalhista olímpico do Brasil. No sempre apaixonante futebol feminino, podemos ter a baiana Rafaelle Leone Carvalho Souza no ponto mais alto do podium.
A Bahia em Paris-2024
Boxe
- Bárbara dos Santos (Salvador) - até 66kg
- Bia Ferreira (Salvador) - até 60kg - bicampeã mundial e vice-campeã olímpica (Tokyo-2020)
- Keno Marley (Sapeaçu) - até 92 kg
- Tatiana Chagas (Salvador) - até 54kg
- Wanderley Pereira (Conceição do Almeida) - até 80 kg
Canoagem C2 500 metros
- Filipe Vieira Santana (Ubaitaba)
- Jacky Godmann (Itacaré) – vem de uma família com tradição vitoriosa no esporte e foi parceiro de Isaquias Queiroz nos últimos Jogos Olímpicos
- Isaquias Queiroz (Ubaitaba) - ouro (Tokyo-2020), duas pratas e um bronze (Rio-2016)
- Valdenice Conceição do Nascimento (Itacaré) - primeira canoísta de velocidade do país em Jogos Olímpicos e medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos (Toronto-2015)
Ciclismo
- Paôla Reis (Salvador) - heptacampeã brasileira, tetracampeã panamericana e prata nos Jogos Panamericanos (Lima-2019) na modalidade BMX Racing
- Ulan Galinski (Vale do Capão, Chapada Diamantina) - com sobrenome dos bisavôs russos, o atleta é filho de um parisiense com uma baiana e disputa a categoria Mountain Bike (MTB)
Natação
- Breno Correia (Salvador) - ouro nos Jogos Pan-Americanos (Santiago-2023)
- Guilherme Caribé (Salvador) – apontado pela imprensa esportiva nacional como o “novo César Cielo”
Maratona Aquática
- Ana Marcela Cunha (Salvador) - campeã olímpica dos 10 km das águas abertas (Tokyo-2020) e detentora de 17 medalhas em Mundiais
Futebol Feminino
- Rafaelle Leone Carvalho Souza (Cipó) - zagueira e capitã da equipe
Baianos em Tokyo-2020
Nos Jogos Olímpicos de 2020 (disputados um ano depois em função da pandemia de Covid-19), dos 11 esportistas que nasceram no estado, cinco conquistaram medalhas, sendo quatro de ouro e uma de prata.
Ana Marcela Cunha (maratona aquática), Herbert Conceição (boxe), Isaquias Queiroz (canoagem de velocidade), e Daniel Alves (campeão olímpico com o futebol masculino) receberam ouro. Bia Ferreira (boxe) garantiu a medalha de prata.
Outros baianos presentes à última edição foram Breno Correia (natação), Jacky Goodmann (canoagem de velocidade), Keno Marley (boxe), Ketiley Batista (atletismo), e a dupla Miraildes Maciel Mota “Formiga” e Rafaelle Leone Carvalho Souza (futebol feminino).
Silvio Tudela
Silvio Tudela
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