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Tabus, Tretas e Troças

Implicância com favoritos e jejuns podem definir o Brasileirão?

Disputas devem ser mais acirradas que nos últimos anos nas Séries A e B

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Silvio Tudela

10/04/2023 às 9:00 - há XX semanas
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					Implicância com favoritos e jejuns podem definir o Brasileirão?
Foto: Lucas Figueiredo/ CBF

A primeira divisão do Campeonato Brasileiro deste ano contará com todos os clubes tradicionalmente considerados grandes, algo que não acontecia desde 2019, mas nada garante que um deles não vá aparecer na Série B de 2024. Considerado e famoso por ser um dos certames nacionais mais difíceis do mundo, o Campeonato Brasileiro, que começa neste final de semana, em poucas edições teve claramente tão poucos favoritos ao título. Isso porque nos últimos cinco anos, houve somente três campeões: Palmeiras (2018 e 2022) e Flamengo (2019 e 2020), com o intruso Atlético-MG (2021) entre eles.

Porém, o histórico da principal competição nacional permite a muitos clubes sonharem. Nas 20 edições disputadas no sistema de pontos corridos, o Corinthians é o maior campeão (2005, 2011, 2015 e 2017) com quatro triunfos; seguido de perto pelo Cruzeiro (2003, 2013 e 2014), que retorna da Série B; São Paulo (2006, 2007 e 2008), que perdeu seu brilho na última década; Flamengo (2009, 2019 e 2020) e Palmeiras (2016, 2018 e 2022). Enquanto o Fluminense conquistou dois títulos (2010 e 2012), o Santos (2004) e o Atlético-MG (2021) contam com uma única conquista neste formato.

Se os favoritismos rondam Flamengo e Palmeiras por causa das últimas conquistas nacionais e continentais e por possuírem elencos milionários e altamente qualificados, a prevista maratona de jogos em diversos torneios simultâneos pode inviabilizar nova conquista. Por outro lado, alguns clubes que sempre despontaram como candidatos ao título já começam a se incomodar com a aposta da imprensa no Rubro Negro Carioca e no Alviverde Paulista e com o tempo que estão sem ganhar o Campeonato Brasileiro. E todos esses fatores combinados podem mudar o cenário que parece mais lógico, em teoria evidentemente.


				
					Implicância com favoritos e jejuns podem definir o Brasileirão?
Foto: Reprodução

Dos times que disputam a edição deste ano, os que amargam os maiores jejuns em anos, pela ordem, são Internacional (43 / 1979), Coritiba (38 / 1985), Bahia (35 / 1988), Botafogo (28 / 1995), Grêmio (27 / 1996), Vasco (23 / 2000), Athletico (22 2001), Santos (19 / 2004), São Paulo (15 / 2008), Fluminense (10 / 2012), Cruzeiro (09 / 2014), e Corinthians (06 / 2017). Há três anos, o Flamengo (2020), e há dois, o Atlético-MG (2021), comemoravam o título. O Palmeiras inicia o campeonato como o atual campeão. América-MG, RB Bragantino, Cuiabá, Fortaleza e Goiás ainda não conquistaram o título nacional.

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Na Série B, além da busca pelo título, o que conta mesmo é a possibilidade de acesso ou retorno à Série A e a briga promete ser boa entre oito clubes. Dos que disputam esta divisão em 2023, Atlético-GO, Avaí, Ceará e Juventude tentam passar apenas esta temporada por lá, uma vez que desceram no ano passado.

Sempre competitivas, a equipe da Chapecoense e do Sport, campeão brasileiro de 1987, caíram recentemente, em 2021. Em meio a uma fase muito ruim, o Vitória desceu em 2018 para a Série B, aprofundou ainda mais a sua crise na Série C, conseguiu o retorno na última rodada do ano passado e agora tenta ganhar impulso e voltar à elite do futebol. Tradicionalmente perigosa, a Ponte Preta, rebaixada em 2017, também se reorganiza para voltar ao lugar que considera seu.


				
					Implicância com favoritos e jejuns podem definir o Brasileirão?
Foto: Reprodução

Com menos favoritismo, ao menos no papel, os outros postulantes ao acesso tiveram suas últimas participações na Série A há bastante tempo. É o caso do Criciúma (2014), Guarani (2010), Botafogo-SP (2001), Sampaio Corrêa (1986), ABC (1985), Vila Nova (1985), CRB (1984) e Londrina (1982).

Correndo por fora, Ituano, Mirassol, Grêmio Novorizontino e Tombense ainda sonham em sentir esse gostinho de inscrever pela primeira vez o seu nome na principal divisão do futebol nacional. As respostas e os novos números devem chegar em novembro.


				
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