O ano é novo e o Esporte Clube Bahia comemora hoje seu 93º aniversário de fundação por ex-jogadores do Clube Bahiano de Tênis e da Associação Atlética da Bahia, elitizadas agremiações que tinham encerrado suas atividades futebolísticas no final da década de 1920.
A data também marca o primeiro ano de gestão do futebol do clube baiano pelo gigante City Football Group (CFG) e, por enquanto, ainda não há muito o que comemorar. Apesar de estar no início, o torcedor do Esquadrão esperava melhores resultados do time a partir da união com o bilionário conglomerado de futebol, que acaba de conquistar o Mundial de Clubes da FIFA com o Manchester City, o primeiro dos “irmãos mais velhos” do time baiano.
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O Bahia foi o último dos 13 clubes adquiridos e comandados pelo CFG desde a sua fundação, oficialmente em 2013, mas está prestes a perder o posto pela chegada de um novo membro, que deve vir da Turquia, o Istambul Başakşehir.
Espalhados pelo mundo e com diferentes formas de participação societária do fundo bilionário Abu Dhabi United Group, comandado pelo sheik Mansour bin Zayed Al Nahyan, os times do Grupo City vivem realidades distintas e mostram diferentes cenários e perspectivas antes do feriado de Natal:
Manchester City (2008/2009)
Principal clube do CGF, o Manchester City recebeu investimentos mesmo antes do grupo ser oficialmente fundado. Atual campeão da Champions League e do Mundial de Clubes da FIFA, é o tricampeão da Premier League nas temporadas 2020/2021, 2021/2022 e 2022/2023. O time figurava como o quinto colocado do Campeonato Inglês e a 06 pontos do líder Arsenal, com um jogo a menos.
New York City (2013)
Campeão da Major League Soccer (MLS) em 2021 e da Campeones Cup 2022 (uma espécie de Recopa com o campeão mexicano), o time fez campanha regular em 2023 e terminou o torneio na 11ª colocação, com 41 pontos. Para que tivesse avançado às fases finais e playoffs, precisaria ter chegado em sétimo lugar, mas não conseguiu.
Yokohama Marinos (2014)
O clube, que recebe investimentos no futebol de mais de um grupo e de apenas 20% do CFG, terminou o ano de 2023 como vice da J-League, o Campeonato Japonês, e campeão da Supercopa do Japão. É um dos mais bem sucedidos clubes da holding, com títulos expressivos.
Melbourne City (2014)
Campeão da temporada 2020/2021 da A-League, que reúne times da Austrália e Nova Zelândia, o clube está em sétimo lugar, com 12 pontos, e atualmente fora da zona de classificação para os jogos eliminatórios.
Girona (2017)
Considerado a atual sensação do futebol espanhol, teve 44% da sua gestão comprada pelo CFG. Ao fim da 18ª rodada da temporada 2023/2024, está empatado em números de pontos (45) na liderança do Campeonato Espanhol com o poderosíssimo Real Madrid e a sete do Atlético de Madrid e Barcelona, respectivamente em terceiro e quarto lugar.
Montevideo City Torque (2017)
Somando o Apertura, Intermedio e Clausura (as três etapas do Campeonato Uruguaio), o time não se classificou para as fases finais de disputa de títulos, terminou em 10º lugar entre os 16 participantes, e não obteve vaga para a Libertadores da América e nem para a Copa Sul-Americana.
Sichuan Jiuniu (2019)
O time chinês foi comprado quando disputava a Liga Jia, a Segunda Divisão do seu país. O clube foi o campeão deste ano e conseguiu o acesso à Primeira Divisão. O Grupo City é dono de 28% do clube.
Mumbai City (2019)
O time foi campeão na temporada 2020/2021 na Superliga Indiana, uma das ligas mais ricas do mundo, e conquistou o ISL Premier por duas vezes (2020/2021 e 2022/2023). Na atual temporada, está em terceiro lugar com 19 pontos e a 04 pontos do líder FC Goa, com 23.
Lommel SK (2020)
Com uma história praticamente centenária, com mudanças de nomes e de patamar entre profissionalismo e amadorismo, o time belga está em oitavo lugar na Challenger Pro League 2023/2024, a Segunda Divisão da Bélgica, com 25 pontos, sete atrás dos líderes Zulte-Waregem e Beersschot, com 32.
Troyes (2020)
O time disputava a Segunda Divisão e logo na temporada de estreia sob o comando do City Football Group obteve o título da Ligue 2 e o acesso para a Ligue 1. Mas voltou para a Segunda Divisão e, nesta temporada, está apenas um ponto acima da zona de rebaixamento para a Série C, na 16ª colocação com 20 pontos.
Bolívar (2021)
Terminou 2023 como vice-campeão da División Profesional, que teve o The Strongest como vencedor boliviano, e estará na Libertadores deste ano, em sua sétima participação consecutiva. Diferentemente de outros times da rede, que tiveram suas gestões compradas parcialmente ou integralmente, o Bolívar fez uma parceria com o grupo para ter acesso a tecnologias, metodologias e práticas aplicadas pelo CFG.
Palermo (2022)
Após declarar falência e precisar recomeçar em 2019 na Série D italiana, o Grupo City anunciou a compra de 80% do clube, em julho de 2022, quando o time já disputava a Segunda Divisão. Ocupa a sétima colocação da Série B com 29 pontos, o que o coloca ainda na zona de preliminares para os play-offs de acesso à Primeira Divisão do Campeonato Italiano 2024/2025.
Bahia (2023)
Apesar do 50º título no campeonato estadual, o clube foi eliminado precocemente na Copa do Nordeste, caiu nos pênaltis nas Quartas de Final da Copa do Brasil, e penou durante todo o Campeonato Brasileiro, livrando-se do rebaixamento apenas na rodada final.
İstanbul Başakşehir (a conferir)
Ainda sem anúncio oficial, o time já é dado como certo para integrar o Grupo City. O clube turco aparecia na véspera de Natal no 14º lugar, com 19 pontos, e a dois da zona de rebaixamento, e bem atrás do líder Fenerbahçe, com 44 pontos. Apesar de bastante jovem - o Başakşehir foi fundado em1990 –, o clube venceu o Campeonato Turco na temporada 2019/2020, mas passa por momentos difíceis nos últimos anos. Com vice-campeonatos da Copa da Turquia (2010/2011 e 2016/2017), do Campeonato Turco (2016/2017 e 2018/2019), e da Supercopa da Turquia (2020), o investimento proporcionado pelo Grupo City aparece como alternativa para o clube voltar a figurar entre as principais equipes do futebol turco.
AUTOR
Silvio Tudela
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Silvio Tudela
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