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Tabus, Tretas e Troças

Aqueles momentos para não esquecer, afinal sempre haverá Paris!

Relembre fatos e destaques que imortalizarão os Jogos Olímpicos de 2024 na história da mais importante sequência de competições esportivas do mundo

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Sílvio Tudela

19/08/2024 às 9:00 - há XX semanas
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A terceira edição dos Jogos Olímpicos em solo parisiense efetivamente deu muito o que falar. A sequência de assuntos é sempre tão intensa que aquilo que foi notícia num dia deixa de ser em algumas horas porque algo mais inusitado ou heroico aconteceu.


				
					Aqueles momentos para não esquecer, afinal sempre haverá Paris!
Foto: Olympics/Instagram

De todo modo, algumas disputas de Paris-2024 serão lembradas para sempre. Relembre algumas delas!

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Foto: Olympics/Instagram

Quebra-quebra

Curiosamente, a Argentina já estava brigando antes mesmo da abertura oficial dos Jogos Olímpicos, na primeira rodada do futebol masculino no jogo contra o Marrocos. A confusão ocorreu porque o árbitro indicou 15 minutos de acréscimos com o placar em 2 a 1 a favor dos marroquinos, mas no 16º minuto do tempo extra, o time sul-americano fez o gol que empataria o jogo. A torcida do país africano não se conformou e começou a lançar objetos no campo enquanto os jogadores argentinos começaram a procurar briga em campo por não conseguirem comemorar o empate. A partida foi suspensa, o público foi expulso do estádio e o gol foi anulado pelo VAR por impedimento. O jogo foi reiniciado após duas horas de interrupção com portões fechados e encerrada com a vitória do Marrocos depois de três minutos.

Acabou a paz e a saúde mental?

O judô, esporte em que geralmente não há qualquer comportamento antidesportivo, teve um dia atípico com muito bate-boca. Começou durante a semifinal do judô feminino até 48 kg, quando uma judoca sueca discutiu ferozmente com o árbitro. Pouco antes, um lutador se recusou a descer do tatame após perder a luta, ignorou o rival nos cumprimentos e chegou a fazer ameaças a um dos treinadores.

Espionagem punida

A equipe de futebol feminino da Nova Zelândia denunciou a visita de um drone controlado por integrantes da comissão técnica do Canadá para filmar o treino das adversárias dois dias antes do jogo entre os times. A seleção canadense foi penalizada com a perda de seis pontos e multada financeiramente. A comissão técnica e a treinadora do time acabaram suspensas por um ano do futebol mundial.

A fake news da identidade de gênero


				
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Alvo de fake news e campeã olímpica, boxeadora Imane Khelif passa por transformação no visual. Fotos: Reprodução

A discussão sobre o sexo da boxeadora algeriana Imane Khelif foi centro de uma polêmica que marcou Paris-2024. Tudo começou após a adversária italiana Angela Carini desistir da disputa por sentir dores no nariz e insinuar que a oponente não poderia disputar na categoria feminina no peso meio-médio, por ter sido classificada como transsexual ou intersexo pela Associação Internacional de Boxe (IBA). O Comitê Olímpico Internacional (COI) não aceitou os argumentos, pois já havia banido a IBA por falha em integridade e transparência na governança em 2023. A algeriana prosseguiu nas disputas e ainda conquistou a medalha de ouro.

Primeira medalha

A vitória de Julien Alfred nos 100 metros do atletismo feminino garantiu à pequena ilha caribenha de Santa Lúcia a conquista de sua primeira medalha de ouro na história dos Jogos Olímpicos.

Fim de um tabu dos Estados Unidos

A China conquistou a medalha de ouro no revezamento 4×100m medley masculino na natação e interrompeu a hegemonia dos Estados Unidos que perdurava desde Roma-1960. A única vez que os norte-americanos não conquistaram o ouro desde então havia sido em Moscou-1980, uma vez que não participaram dessa edição em razão do boicote contra a invasão da União Soviética no Afeganistão.

Primeiro ouro para a ginástica feminina da África

Competindo pela Argélia após ter sido rejeitada pela Federação Francesa de Ginástica, a ginasta Kaylia Nemour - de origem francesa e argelina devido à nacionalidade de seus avós paternos - conquistou a primeira medalha do continente africano na ginástica artística pela final das barras assimétricas, vencendo a competição e o ouro.

A esportista havia sofrido uma lesão em 2021, passou por duas cirurgias, foi liberada pelo seu médico pessoal, mas teve a decisão contestada pelo departamento médico da equipe francesa, que a obrigou a deixar o clube que faria parte.

Pódio histórico cancelado

Foi lindo, mas durou pouco. Rebeca Andrade, Simone Biles e Jordan Chiles formaram o primeiro pódio composto apenas por atletas negras na final do solo feminino pela ginástica artística e imortalizaram a cena numa foto histórica. Mas, um dia antes do encerramento dos Jogos, a ginasta romena Ana Bărbosu acabou adquirindo a medalha de bronze após o processo aberto pela Romênia ter sido acatado, uma vez que o pedido de recurso no dia da final pedido por Jordan Chiles – e que lhe deu a terceira posição - foi considerado irregular.


				
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Fotos: Reprodução/Instagram

Sequência de recordes no salto com vara

Em sequência incrível, o sueco-americano Armand Duplantis quebrou nove vezes nesta edição das Olimpíadas o recorde mundial do salto com vara, saltando a 6,25 metros, e o olímpico, ultrapassando o brasileiro Thiago Braz, que até aquele momento detinha a marca com 6,03 metros.

Fenômeno do salto com vara por outro motivo

Já o francês Anthony Ammirati, atleta do salto com vara, viralizou nas redes sociais por outro motivo. Ele chegou a passar com o tronco inteiro pela barra, mas acabou atrapalhado quando esbarrou o seu órgão genital e acabou errando o salto. O atleta de 21 anos vem recebendo propostas milionárias de sites pornôs após seu desempenho nas Olimpíadas de Paris.

Recorde absoluto

Pense em alguém que vem conquistando a medalha de ouro ininterruptamente desde Pequim-2008. Seu nome é Mijaín López, que se tornou o primeiro atleta pentacampeão olímpico, em esporte individual, na categoria até 130 kg na luta greco-romana. O cubano já inscreveu seu nome no panteão dos grandes nomes do esporte olímpico.

Hate breaking

Uma competidora australiana de breaking virou motivo de piadas nas redes sociais, denunciou campanha de ódio devastador e pediu respeito à privacidade de sua família e amigos. Os inusitados movimentos de Rachael Gunn, conhecida pelo apelido “Raygun”, viralizaram e foram ridicularizados pelo mundo.

Em sua defesa, o Comitê Olímpico Australiano (AOC) condenou uma petição online que pede uma investigação sobre a seleção da dançarina para Paris 2024, dizendo que há falsidades com o objetivo de incitar o ódio contra ela.

Birra custou ouro e quase a vitória geral dos Estados Unidos

Na disputa valendo o pódio em salto em altura, o norte-americano Shelby McEwen se recusou a dividir a medalha de ouro com o neozelandês Hamish Kerr após ambos terem empatado na competição, fato já ocorrido em edição anterior dos Jogos Olímpicos. Mas na disputa de desempate, o atleta da Nova Zelândia acabou superando o estadunidense e ficou com o ouro. Naquele momento, penúltimo dia dos Jogos e com poucas medalhas ainda disponíveis, a China, com um ouro a mais, estava vencendo os Estados Unidos no quadro de medalhas.

Desempate e vitória na prata

Numa reta final que mudava a todo instante, Estados Unidos e China terminaram as Olimpíadas empatados no quadro de medalhas, com as duas delegações fechando o evento com 40 ouros cada uma. Os estadunidenses acabaram na liderança por possuírem mais medalhas de prata conquistadas que os chineses (44 a 27) e pela quantidade total de medalhas conquistadas (126 a 91).


				
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Foto: Olympics/Instagram
Imagem ilustrativa da coluna TABUS, TRETAS E TROÇAS COM SÍLVIO TUDELA
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