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Quantas semanas?

Veja 10 coisas que você precisa saber sobre o puerpério

É comum que as mães se preparem para o parto e se esqueçam de algo fundamental: o bem estar delas, depois de uma mudança tão significativa

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14/05/2023 às 7:00 - há XX semanas
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					Veja 10 coisas que você precisa saber sobre o puerpério
Foto: Reprodução

Ah, o puerpério… Esta palavra, que parece até um tanto estranha, até combina com o período que você vai vivenciar nas primeiras semanas após a chegada do bebê, que também pode ser, bem, esquisito. Não é para menos! Trata-se de uma virada completa de chave, uma guinada de 180 graus, um mergulho nas profundezas de uma nova vida, que, por mais que você tenha se preparado ao longo dos nove meses, é sempre uma grande surpresa.

A ideia aqui não é fazer terrorismo, não, e, sim, tentar ajudar você a se preparar, com honestidade, para esse período, marcado por altos e baixos, uma verdadeira montanha-russa de emoções. Você vai ter acabado de conhecer o grande amor da sua vida, aquele que você tanto esperou para pegar nos braços, que é o seu bebê.

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Ao mesmo tempo, vai se deparar com uma versão completamente nova de alguém que você já conhece há muito tempo. Você mesma. E esse processo pode ser desafiador. Nada melhor do que entender o que pode acontecer, para saber como lidar, certo? Por isso, selecionamos aqui dez pontos importantes, que podem ajudar ao longo da jornada.

1. Pode durar 40 dias, 6 meses, 1 ano…

É comum dizer que o puerpério, pós-parto, quarentena ou seja lá como você preferir chamar essa fase da vida, dura 40 dias. Mas ajuda saber que essa não é uma conta exata e depende muito de cada mãe e de cada bebê. É um momento de adaptação e ajustes. Leve o tempo que for necessário e não tenha pressa.

2. Amamentar não é fácil e nem natural, mas é importante

Um dos maiores desafios que as mães enfrentam logo após o parto é a amamentação. Sim, porque, diferente do que costumamos ver em filmes, nas redes sociais ou em propagandas, amamentar nem sempre é fácil e natural. É preciso se preparar, sobretudo, buscando informações confiáveis e ajuda especializada (de enfermeiras, consultoras de amamentação ou bancos de leite). Mas o esforço vale a pena! O leite materno é o melhor presente que você pode dar para o seu bebê, porque traz benefícios para a vida toda.

3. É normal viver uma espécie de luto

Você está triste, no momento que deveria ser o mais feliz da sua vida, e não entende os motivos. Chorar de madrugada é normal? É sim! É normal viver uma espécie de luto. Afinal, de certa forma, você se despede de uma vida completamente diferente para entrar em uma nova fase. E, como você já leu acima, o processo pode ser lento e desafiador. Existe também uma condição muito comum no puerpério, conhecida como baby blues, uma espécie de melancolia e angústia, que passa sozinha, com o tempo, em algumas semanas. De qualquer maneira, converse sobre isso com sua rede de apoio, com outras mães e, se necessário, com seu obstetra ou um profissional de psicologia. A depressão pós-parto é um quadro mais sério e atinge 20% das mulheres, depois da gravidez, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Se for o caso, é importante buscar um um diagnóstico e o tratamento.

4. Você precisa de colo

Justamente por tudo o que apontamos no item acima, você precisa de colo. É importante estar cercada de pessoas que te acolham, escutem e compreendam. É normal que, com a chegada do bebê, todos só tenham olhos para ele. Mas a mãe também acaba de “nascer” - e precisa de atenção.

5. O tempo passa de um jeito diferente no puerpério

Com tantas mudanças e para acompanhar o tempo do bebê, que mama em intervalos curtos, não dorme a noite toda e tem um ritmo de sono e vigília completamente de um adulto, o seu tempo também vai passar de um jeito diferente. Pode parecer besteira, mas se entregar e aceitar isso faz toda a diferença.

6. O amor nem sempre é instantâneo

Você viu nos filmes que, assim que seu bebê nascesse, você se apaixonaria perdidamente por ele, logo de cara, mas isso não aconteceu com você? Ninguém costuma falar muito disso, mas saiba que não há nada de errado nisso. Pelo contrário. Embora aconteça com algumas pessoas, não é regra. O amor é construção. Você e seu filho vão se conhecer aos poucos, a cada dia, e está tudo bem!

7. Não se cobre - e aceite ajuda no puerpério

Em tempos de exibição de perfeição nas redes sociais, a autocobrança aumenta. Queremos ser as mães perfeitas, dar conta de tudo, manter a casa limpa, o trabalho em ordem, relacionamento perfeito, fazer exercício, comer bem. Calma. Aproveite esse momento para dar uma grande pausa na vida e se concentrar no presente. Faça só o que for possível, priorize e lembre-se que perfeição não existe. Aceitar ajuda também pode ser difícil, no início, mas é fundamental. Delegue!

8. Sexo: dê tempo ao tempo

O seu corpo passou nove meses formando um ser humano totalmente novo, do nada. Os níveis hormonais também ficaram num sobe e desce e leva tempo até voltarem ao normal. Então, respeite o tempo do seu corpo e do seu desejo. Os médicos recomendam que se espere pelo menos 40 dias até voltar à ativa, sexualmente. Mas você pode levar mais tempo. Lembre-se: cada organismo é único. Respeite seu tempo! Não há cobrança.

9. Você não precisa ter pressa para recuperar o corpo de antes da gestação

Nada de cobranças também quando o assunto é recuperar a boa forma. Vamos lembrar, novamente, porque nunca é demais: seu corpo abrigou e gerou outro ser humano, então, ele é uma máquina incrível e potente. Relaxe! Quando tudo estiver mais tranquilo (e com liberação médica) você pode retomar as atividades físicas e, aos poucos, tudo vai se encaixando. Uma coisa de cada vez.

10. Pós-parto: outras mudanças no corpo

É normal acontecerem algumas mudanças no corpo durante esse período. Sua barriga pode ficar inchada por alguns dias, já que o útero se contrai aos poucos, depois da saída do bebê, até voltar ao normal. É normal também ter um sangramento, conhecido como lóquio, por algumas semanas no pós-parto. Depois que cessar, você, provavelmente, ficará sem menstruar por alguns meses. Em cerca de seis meses, o ciclo vai voltando ao normal. Converse com seu ginecologista. Ah, também é normal perceber uma queda de cabelo e sentir mais fome, por conta da energia extra consumida pela amamentação.


				
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