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Descubra soluções para problemas na amamentação

Mesmo com os mamilos rachados e sangrando, o bebê pode continuar a mamar, sem nenhum risco. No entanto, é preciso considerar o conforto da mãe

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23/05/2023 às 10:30 - há XX semanas
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Foto: Reprodução

É comum, nos primeiros dias com o bebê em casa, sentir dor nos seios e ter problemas na amamentação. Há mulheres que relatam fissuras e até sangue. Existem pomadas para aliviar a dor, que não é pouca, mas como superar se dali a duas horas é preciso amamentar de novo?

Mesmo com os mamilos rachados e sangrando, o bebê pode continuar a mamar, sem nenhum risco. No entanto, é preciso considerar o conforto da mãe. Afinal, tem de ser bom para os dois, não é mesmo?

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O mito do leite fraco ou insuficiente

Um dos grandes mitos do aleitamento, e que deixa muitas mães aflitas, é a de que o bebê chora porque está com fome. Ou seja: o mito de que ela tem pouco leite e que não é suficiente para alimentar o bebê. Antes de mais nada, é preciso ter em mente que não existe pouco leite, pois as glândulas mamárias trabalham por estimulação. Isto quer dizer que a sucção do bebê mantém e regula a produção. Quanto mais ele mama, mais leite você produz.

A verdade é que o leite materno é de fácil digestão e o estômago dos bebês é muito pequeno, então, é natural que ele queira mamar muitas vezes. Além disso, o peito e esse contato pele a pele dá aconchego. Por isso, manter a livre demanda é a melhor solução. Mas, se você achar que não está com tanto leite, estimule com a bomba de extração por ao menos duas semanas. Você pode fazer isso entre uma mamada e outra.

E não acredite em quem diz que o leite materno é ralo ou fraco: ele tem todos os nutrientes de que o bebê necessita, inclusive para fortalecer a imunidade dele. O importante é esvaziar bem um seio antes de oferecer o outro, pois a composição do leite muda ao longo da mamada, ficando com mais gordura para o final.

Problemas na amamentação: ductos entupidos

Toda mãe produz leite para o bebê, mas alguns fatores podem reduzir a quantidade e, aí sim, causar problemas na amamentação. Um exemplo é ter um dos ductos (os canais por onde passam o leite) bloqueado. Ocorre quando o bebê não esvazia todo o seio na mamada. Às vezes, isso se resolve sozinho, quando a criança “desentope” o ducto ao mamar.

Esfregar uma toalha no mamilo pode ajudar a remover a “camada” de células da pele que cresceram em cima do ducto e que bloqueiam o leite.


				
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Foto: Reprodução

Ação do estresse e da ansiedade

Outra causa comum de problemas na amamentação é o estresse. Se a mãe está muito ansiosa, o cérebro libera substâncias como o cortisol que interferem na fabricação de prolactina e ocitocina, os hormônios que atuam na produção do leite. É por isso que dizem que o leite começa a ser produzido na cabeça!

Tomar bastante leite não aumenta a produção, viu? Nem beber cerveja preta, conforme algumas crenças – aliás, cuidado com a ingestão de álcool, nicotina e remédios, que podem chegar ao bebê pelo leite materno. E beba muita água, essa sim crucial para aumentar a produção.

Tente perceber o que há por trás da sua ansiedade, pedir ajuda, conversar com o obstetra, consultar um terapeuta ou buscar outra solução que seja viável para o seu caso. Inclusive, pergunte ao seu médico sobre a possibilidade de tomar algum medicamento que estimule a produção de leite.

Rachaduras e pega errada

Em muitos casos, porém, é a pega do bebê que provoca problemas na amamentação, por estar errada. Ele não deve sugar apenas o bico, mas abocanhar a aréola, com a boca bem aberta. O recém-nascido precisa ficar com os lábios levemente voltados para fora e o queixo deve tocar a mama.

Uma das posições indicadas para o aleitamento é colocar o bebê todo voltado para você, com a cabeça na altura do mamilo e apoiada na dobra do seu cotovelo, barriga com barriga. Mas há outros encaixes possíveis, descubra o melhor para vocês. Há consultoras para problemas na amamentação que podem ajudar nessa fase.

É a pega errada que costuma provocar fissuras e rachaduras. A regra é: se dói para amamentar, está errado. Se já tiver machucado, você pode passar um pouco do próprio leite na lesão, pois ele ajuda a cicatrizar. Vale também tomar sol nas mamas, desde que seja nos horários permitidos.

Além disso, deixe os seios livres, sem sutiã nem protetores, e evite mesmo usar blusas enquanto estiverem feridos. Se não for possível, uma boa dica é usar camisetas de algodão bem largas, que encostem pouco neles. Há também pomadas para ajudar a cicatrizar – pergunte ao seu médico. Porém, elas devem ser retiradas antes de oferecer o peito ao bebê – ou seja, lave bem a área.

Mastite

A rachadura provocada pela pega incorreta do peito também pode abrir espaço para outro problema: a mastite ou inflamação da mama. Se não cuidar, pode evoluir para uma infecção bacteriana. Além disso, o leite parado nos ductos pode causar inchaço, “empedrar” e inflamar a mama. Para além da dor, os sintomas podem incluir queimação, vermelhidão, mamas endurecidas e até mesmo febre, náusea e calafrio.

Para tratar, há remédios que não interferem no aleitamento. É bom saber que você pode adotar outras medidas para aliviar a dor, como ordenha e compressas frias – se for preciso, o médico irá receitar antibiótico.

Para evitar esse problema, é importante que o bebê faça a pega correta e que o seio seja todo esvaziado – se ele ainda estiver cheio ao fim da mamada, retire o resto com bomba ou com as mãos. De novo: amamentar em livre demanda é uma ótima forma de prevenção.

Cólica no aleitamento: é normal?

Sentir cólicas enquanto dá de mamar é normal, pois o ato libera hormônios que estimulam o útero a se contrair. Não se assuste, essa sensação deve sumir em duas ou três semanas.

Tipos de mamilo

Por fim, o tipo de mamilo pode influenciar no aleitamento, mas nenhum impede que você amamente seu bebê. Aliás, este é outro mito que precisa ser combatido.


				
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Imagem ilustrativa da coluna QUANTAS SEMANAS?
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