O banho, além de necessário para a higiene, acaba sendo também um importante ritual terapêutico. É na água quentinha que o bebê se lembra do movimento de quando estava no útero da mãe e se acalma. Porém, principalmente nos primeiros meses, o corpo do recém-nascido não tem tônus muscular e é mais “molinho”, com a pele bem escorregadia. Então, é normal que os pais sintam um certo medo na hora de levá-lo para a água.
Por isso, acertar na escolha da banheira é essencial. “Como trata-se de um acessório que será usado todos os dias, é preciso escolher um modelo que atenda às necessidades dos pais, traga praticidade, conforto e, principalmente, segurança”, orienta a consultora materna, Delen Fochi.
Há vários tipos de banheiras no mercado e também o “balde” (que é conhecido como ofurô ou baby tub). O modelo é usado até em algumas maternidades para tranquilizar os recém-nascidos e aliviar problemas como cólicas, agitação e insônia.
Cada família e cada bebê são únicos e vão encontrar um modelo que funcione melhor nesse momento tão especial, que é o banho do bebê. Mas como saber o que vai se adequar ao seu caso? Aqui, respondemos a todas as dúvidas e damos aquela ajudinha. Olha só:
Qual é o momento ideal para os pais comprarem a banheira do bebê?
Como o recém-nascido vai tomar banho desde o início da vida, é ideal que ele tenha o acessório antes de nascer. Antes da compra, contudo, é importante que os pais tenham definido o local em que a banheira será colocada. Isso porque alguns optam, principalmente nos primeiros dias, por dar o banho no quarto. Por conta da necessidade de pegar água para encher a banheira, levar de volta ao banheiro para esvaziá-la, etc., as famílias acabam mudando de ideia rapidamente e levando o acessório para debaixo do chuveiro. Será que ela entra no boxe?
“Indico sempre dar o banho dentro do boxe desde os primeiros dias porque a criança já identifica seu espaço, os pais ficam familiarizados também com a logística e não têm surpresas ao descobrir se o acessório vai caber ou não no local”, indica a consultora materna Delen Fochi.
Quais tipos de banheira de bebê existem no mercado?
Tradicional: É a clássica, em formato oval ou quadrado e ondulações internas. Ela geralmente é feita de plástico mais rígido e não tem pés. O suporte deve ser adquirido à parte.
Banheira com trocador: Além de ter pés, vem com um trocador que é encaixado por cima da banheira, como se fosse uma tampa, permitindo que os pais terminem o banho e troquem o bebê ali mesmo. Geralmente, requer um espaço maior e permanente para deixá-la, mesmo quando estiver desmontada.
Portátil: Existem dois tipos, as infláveis e as dobráveis. São práticas para montar e desmontar, sendo boas opções para carregar em viagens e levar para casa dos avós, por exemplo. Também são ótimas opções para quem mora em apartamentos pequenos.
Ofurô ou babytub: O formato parece com um balde e, assim, também atende a quem tem pouco espaço disponível. Alguns tipos vêm até com alças para facilitar o transporte na hora de esvaziar. Há modelos mais ergonômicos, com assento interno, que permitem que o bebê fique sentado.
A banheira inflável é segura e fácil de encher?
Sim. É preciso deixá-la cheia de ar, conforme as indicações do fabricante, para que ela fique bem estruturada e suporte a quantidade de água necessária para o banho. A maioria vem com uma bombinha própria para encher, igual àquelas de colchão inflável, mas você consegue fazer isso com qualquer bomba.
“Atenção: é imprescindível que a banheira seja colocada no chão, nunca sobre a cama ou qualquer superfície instável, pois pode virar ou pender para os lados, causando um acidente”, adverte Delen. O certo é usar no chão do banheiro mesmo. Se ficar com receio de furar ou rasgar o plástico, vale colocar uma toalha embaixo para proteger.
Não há aparador ou suporte para este tipo de banheira, pois o objetivo não é usar no dia a dia, mas em viagens ou fora de casa, esporadicamente.
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Qual é a altura ideal para usar a banheira do bebê sem prejudicar as costas de quem dá o banho?
Os modelos com trocador ou suporte, encaixados embaixo da banheira, têm ajuste nos pés para que fique o mais confortável possível para quem vai dar o banho. A altura varia de 70 cm a 80 cm do chão, medida que chega perto da região da cintura. O ideal é evitar curvar tanto o tronco para não ter dores nas costas.
Banheira ou ofurô: qual a melhor escolha?
Neste caso, não é uma questão de escolha, pois a finalidade é diferente. O objetivo da banheira é mesmo dar banho no bebê. O produto acaba tendo também uma função terapêutica, mas é indicado para a higiene. Já o ofurô não tem espaço, nem estrutura para higienizar a criança corretamente, pois a função é o relaxamento. É que ao sentir-se envolvido pela água por todos os lados, e em um espaço mais apertadinho, o bebê relembra a sensação que tinha quando estava dentro do útero e fica mais tranquilo. Dá até para colocar algumas ervas calmantes na água quente para garantir o relaxamento.
A criança fica em uma posição vertical e alguns modelos têm um suporte dentro. É como se fosse um banquinho, para o bebê sentar e ficar confortável por algum tempo ali dentro.
Até quando a criança pode usar o ofurô ou o baby tub?
O correto é que apenas os ombros e a cabeça da criança fiquem fora da água dentro do ofurô. “Os modelos menores, para recém-nascido, eu indico até os 6 meses, para que o bebê fique confortável e consiga relaxar”, orienta Delen. Existem versões para recém-nascidos, que suportam até 18 quilos, e versões maiores, que podem ser usadas de 1 a 6 anos, suportando até 25 quilos ou mais. Depende muito do fabricante.
Vale a pena ter uma banheira para o dia a dia, outra portátil e um ofurô?
Se os pais tiverem necessidade desses itens e condições para comprar, por que não? “Aconselho comprar primeiro a banheira do dia a dia e fazer a aquisição dos outros itens conforme demanda”, diz Delen. Por exemplo, se os pais notarem, nos primeiros dias, que a criança tem muita cólica e chora bastante, mas se acalma com o banho, o ofurô pode ser útil. Já se a família viaja bastante e precisa carregar o acessório para os deslocamentos, vale investir também em um item portátil.
Se os pais precisarem de duas banheiras, o melhor é comprar modelos iguais ou escolher tipos diferentes?
Não existe regra. Os pais podem ter duas banheiras idênticas, uma para casa outra para deixar nos avós, por exemplo. O mesmo vale com o ofurô e com os portáteis. “Os pais devem ficar sempre atentos com a necessidade deles e pensar no que vai facilitar o dia a dia, além, é claro, do valor que querem investir no acessório”, orienta Delen. A banheira com trocador acaba tendo um custo mais alto. Para saber a quantidade e o tipo, é preciso avaliar a necessidade de cada família e a condição socioeconômica.
Como saber se a banheira do bebê é ergonômica?
As banheiras tradicionais e as que vêm com o trocador são mais ergonômicas do que as portáteis. Elas têm algumas ondulações internas para a criança apoiar o pé e o bumbum e até superfície antiderrapante. Mas isso não quer dizer que a criança está segura. Os pais devem segurar sempre e ficar de olho no filho o tempo todo.
“Caso os pais tenham dificuldades, principalmente nos primeiros dias, quando o corpo da criança ainda não é tão rígido, vale a pena apostar nas redinhas que são colocadas dentro da banheira (compradas à parte). Elas evitam que o bebê escorregue ou se afogue”, orienta Delen. Mesmo assim, os adultos não devem deixar a criança desassistida, nem por alguns segundos. Outra medida que pode garantir segurança é forrar o interior da banheira com uma toalha, caso ela não tenha antiderrapante. Isso evita que o bebê escorregue.
O que levar em consideração na hora de comprar uma banheira para o dia a dia?
Pense, antes de tudo , no espaço em que a banheira do bebê vai ficar. Geralmente, os pais escolhem dar o banho no bebê no banheiro ou no quarto. Então, é preciso avaliar direitinho as dimensões do acessório para ver se ele se encaixa no local escolhido. As famílias que moram em apartamentos com banheiros pequenos têm uma certa dificuldade em encaixar o acessório na área do chuveiro. “Muitas vezes, os pais acabam tirando uma porta do boxe para conseguir entrar com a banheira”, diz Delen.
O que a banheira precisa ter para ser segura?
Antes de comprar, observe se você conhece a marca da banheira e se ela é confiável; se possui selo do InMetro; tem rebarbas que podem arranhar a pele sensível da criança; ou é BPA Free, isso quer dizer que é livre de bisfenol A, que libera substâncias prejudiciais à saúde. Também fique atento ao tipo de plástico, para ver se é resistente ou mais fininho, que pode rachar com facilidade ao ser transportado. “Se você conseguir avaliar esses quesitos, com certeza, vai conseguir adquirir um produto de qualidade”, garante Delen.
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Usar ou não o aparador/suporte de banheira?
“Aconselho sempre a usar, pelo conforto dos pais. Dar banho no chão e ficar agachado ou com as costas curvadas por muito tempo pode causar dores e lesionar a coluna, principalmente quando a criança ainda não senta. Lembre-se que a banheira deve ser confortável tanto para você quanto para o seu filho”. Delen recomenda também que a banheira do bebê fique mais ou menos na altura da cintura e esteja bem presa ao aparador.
Vale lembrar que quando a criança começa a se mexer muito e quer brincar bastante com a água, é recomendado tirar o suporte e dar banho no chão, devido ao risco de queda. “Até os seis meses a criança não vai ficar sentada e o suporte é bem-vindo. Dos 6 meses a 1 ano, ela fica sentadinha e os pais devem avaliar a segurança e observar se é melhor retirar o suporte ou não”, aconselha.
É preciso checar a quantidade de peso que a banheira suporta?
Sim, isso é superimportante. É necessário ver até quantos quilos a banheira suporta para saber até quando você poderá usá-la. O fabricante geralmente faz este cálculo baseado no peso da criança e na quantidade de água. O valor máximo varia de acordo com o tamanho da banheira, mas geralmente é de 20 litros de água + 10 kg do bebê, totalizando 30 kg.
Como garantir que a banheira dure bastante?
Se a banheira for bem cuidada e de boa qualidade, provavelmente, vai durar bastante. A vida dela é tão longa que tem até quem use depois para colocar as roupas sujas ou passadas da criança. Já viu esta cena?
O que vai fazer a banheira do bebê durar mais é o sistema de escoamento de água, uma espécie de ralo. Algumas têm até uma mangueirinha, pois se você tiver que pegar o acessório e virá-lo para tirar toda a água, pode danificar e até rachar, devido a sobrecarga de peso que terá de um lado só. Outro ponto para ficar de olho é a qualidade do plástico de que o produto é feito. Se for de uma marca de referência, com certeza, vai durar bastante.
Como limpar a banheira do bebê do jeito certo?
A limpeza da banheira é importante. Se a banheira ficar com água parada e resíduos de sabonete e xampu, por exemplo, pode acumular fungos e prejudicar a saúde do bebê. A recomendação é que, assim que terminar de usar, você a esvazie imediatamente, passe uma esponja com detergente, enxague, seque com pano seco e passe álcool. Pronto! Ela já está higienizada para o próximo uso.
Nunca deixe a banheira cheia após o banho porque qualquer quantidade de água é suficiente para provocar afogamento. A criança pode engatinhar sem você ver e ir brincar na água. Todo cuidado é pouco!
Vale a pena escolher banheiras que vêm com acessórios, como patinhos e bolinhas nas laterais, para a criança brincar?
Tem algumas que vêm, sim, com esses itens extras, mas não são todas. Se o objetivo for a diversão da criança durante o banho, há inúmeros acessórios e brinquedos que podem ser comprados separadamente. Só evite os que têm furinhos e que podem acumular água e fungos. Lembre-se também que banheiras com muitos vincos, dobras e penduricalhos dificultam a limpeza.
É importante a banheira ter porta-sabonete e porta-xampu?
Sim. Como os pais não podem desgrudar o olho da criança, é importante que tudo esteja à mão. Então, ter um lugar para colocar o sabonete e o xampu vai facilitar na hora do banho. Vale lembrar que a maioria das banheiras, das mais simples às mais sofisticadas, já vem com estes compartimentos desenhados de fábrica.
Banheiras que já vêm com redutor de assento valem a pena?
Há, sim, alguns modelos no mercado que já vêm com este acessório, para encaixar. O redutor pode ser bastante útil nos primeiros dias do bebê porque dá mais segurança para os pais e para a criança. Caso a banheira não venha com o acessório, é possível comprar redinhas e almofadas, vendidas separadamente e adaptáveis para a maioria das banheiras.
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Por quanto tempo a criança vai usar a banheira tradicional?
Isso vai variar muito com a rotina da família. Muitos pais optam por levar a criança para o chuveiro já nos primeiros meses. Em geral, a banheira costuma ser usada por cerca de um ano. Muitas vezes, mesmo depois de começar a tomar banho no chuveiro, a criança gosta de ficar na banheira para brincar com água. Mas lembre-se que isso deve acontecer sempre com supervisão dos pais. Em nenhum momento, a criança pode ficar sozinha, devido ao risco de queda e afogamento.
A banheira com trocador costuma ser usada por menos tempo?
Em comparação com a tradicional, sim. Pode ser que quando a criança tiver por volta de seis meses, os pais já não utilizem mais o acessório, por causa do risco de o bebê cair. No entanto, cada família deve avaliar se vale a pena ou não investir no acessório. Vale lembrar que, nos primeiros meses de vida do bebê, ela é muito útil para não ter que dar banho em um local e trocar no outro, evitando que a criança pegue corrente de vento. Se a banheira estiver no banheiro, por exemplo, você consegue dar banho e trocar seu filho sem mudar de ambiente.
Há banheiras quadradas e redondas. Qual a melhor opção?
As quadradas não são tão ergonômicas como as redondas. Mas isso depende muito do desenho interno – e não externo. O que você deve levar em consideração é se a parte interna é confortável para o bebê.
Como os preços variam muito, vale investir em um modelo mais caro?
Uma banheira simples, sem o suporte, tem preço bem acessível. Mas, o que você deve sempre levar em consideração é o material de que ela é feita e se é de uma marca de referência. Isso não quer dizer que a mais cara é a melhor. É preciso pesquisar e ver realmente qual o melhor custo-benefício.
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