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ÓPRAÍ WANDA CHASE

Depois de 2024, o Carnaval de Salvador não será o mesmo

Retorno da Banda Mel, espetáculos dos blocos afro e muito mais foram destaques no Carnaval de Salvador

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Wanda Chase

25/02/2024 às 13:39 • Atualizada em 26/02/2024 às 0:18 - há XX semanas
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“Foi mágico”, como disse a cantora Márcia Short, ainda emocionada com a volta da Banda Mel, um dos melhores grupos musicais do axé music. Ela e o parceiro de palco, Robsom Morais, passaram 30 anos esperando por esse momento. A briga pela volta da Banda Mel foi parar na justiça e Márcia Short agora é dona da marca.


				
					Depois de 2024, o Carnaval de Salvador não será o mesmo
Fotos: Reprodução Redes Sociais / Arquivo Pessoal

O circuito Osmar Macedo, no Campo Grande, recebeu a Mel com carinho. A dupla cantou os hits lembrados por toda a classe artística da Bahia durante o Carnaval. A festa momesca deste ano foi emblemática, teve de tudo, mas nem vou entrar nessa praia. As câmeras, os olhares do mundo se voltaram para Salvador-BA, com todas as honras.

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Trabalhei “feito camelo”, como diz Denis Rivera, uma das maiores jornalistas que São Paulo nos deu. Mas … valeu a pena. Não brinco Carnaval, mas gosto de ver, principalmente no circuito Osmar, onde passa a “fina flor “da cultura negra.

Blocos Afro e Afoxés, mais uma vez, contaram um pouco da nossa história e eu aprendendo um pouco mais dessa terra, que é minha também. O Carnaval é histórico, é recreativo, divertido, alegre, cultural, é também um ato político.

O circuito do seu Osmar levou uma multidão que viu tudo e deixou o cantor Robsom Moraes e a cantora Márcia Short em transe. “A volta do carnaval foi um dos momentos mais mágicos que vivi nos últimos anos", diz a cantora.

"Aquela multidão, aquela massa sonora toda emoção concentrada. Em todo o percurso foi muito gratificante. Encheu meu coração de alegria, uma conexão cósmica, espiritual. Existe uma conjuntura que só funciona juntas e eu vi a força e o resultado do trabalho que eu e Robsom plantamos ali na Banda Mel durante um período em que estivemos juntos. Fizemos um trabalho que ficou no coração das pessoas e que ao longo desses 30 anos permaneceu vivo. Minha gratidão a todo mundo que estava ali", declarou.

Márcia defende a revitalização do circuito Osmar. Para ela, nesse Carnaval já tivemos avanços. "Fiquei muito contente com algumas ações. Vida longa à avenida e ao carnaval da Bahia".

Destaco também a passagem da Baiana System como um dos grandes momentos do Carnaval no Campo Grande. Uma pipoca monstra e suingue daqueles. O navio pirata passou com maestria. Salve a Baiana!

Quem não foi ao Curuzu, na saída do Ilê, perdeu! O bloco nem conseguiu desfilar na Ladeira de tanta gente que foi celebrar meio século de bloco, e eu fico pensando e questionando a falta de patrocínio privado, mas esse jogo vai virar.

Não dá pra comentar tudo, mesmo até porque não consegui ver tudo. Parabéns aos blocos afro, afoxés e blocos de samba.

O Olodum levou uma multidão. O tema Wodaabe, o povo sorriso, despertou muita curiosidade dos associados. Esse também é o papel dos Blocos Afro e afoxés: educar, informar.

Olha o que o empreendedor e consultor Paulo Rogério Nunes, do Vale do Dendê comentou: ”Fiquei muito feliz com a homenagem do Olodum ao povo Fulani nesse carnaval de 2024. Assim como Olodum deu destaque às civilizações egipícias nos anos 80/90 e diversas outras durante esse tempo de existência. É muito bom ver uma homenagem a uma etnia pouco falada no Brasil, mas que é muito influente em todo o continente africano pela sua cultura e relações comerciais”.


				
					Depois de 2024, o Carnaval de Salvador não será o mesmo
Fotos: Reprodução Redes Sociais

E complementou: “Eu,como muitos baianos, tenho buscado minhas origens e tenho chegado à conclusão que minhas raízes também descendem desse povo que aqui foi chamado de Malês. É curioso como, segundo algumas pesquisas, cerca de quarenta por cento dos africanos que vieram para a Bahia eram de origem islâmica e muitos deles Fulani, além de Haussás,Mandingas e Mandês. Essa é uma parte de nossa história que não falamos muito. Possivelmente muitas das nossas famílias, há quatro ou cinco gerações, eram mulçumanas e foram cristalizadas após o fim da revolta dos Malês. Umas voltaram para países como Gana onde vieram os “tabons” ou Benin…, os Agudás. O que é bastante curioso e rico”.

“Deveríamos ter um memorial da cultura afro islâmica aqui. Isso atrairia a visita de turistas de várias partes do mundo", finaliza Paulo Rogério.

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