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Ópraí Wanda Chase

As ações da nova Fundação Palmares

João Jorge Rodrigues assumiu a Fundação Cultural Palmares em 2023

Wanda Chase • 04/07/2024 às 18:26 • Atualizada em 08/07/2024 às 17:30 - há XX semanas

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A volta da dignidade. É assim que o advogado, ativista e presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Rodrigues, define o clima na instituição desde que assumiu o cargo. É tempo de reconstrução, diz João Jorge, e “estamos trabalhando, focando nas ações”. A Fundação Cultural Palmares foi criada por um grupo de antropólogos da Fundação Pró Memória, em 22 de agosto de 1988, ano do centenário da abolição da escravatura no Brasil.


				
					As ações da nova Fundação Palmares
João Jorge Rodrigues assumiu a Fundação Cultural Palmares em 2023. Foto: Reprodução / GOV BA

Ao longo dos anos, esses estudiosos pesquisavam o quilombo liderado por Zumbi dos Palmares, na Serra da Barriga, em União dos Palmares, no estado de Alagoas. Na prática, os Quilombos eram formados por pessoas escravizadas, algumas libertas que se inseriam na luta, indígenas e até brancos que sonhavam com uma república livre.

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Voltando a Fundação, o primeiro presidente escolhido foi o advogado Carlos Moura. A instituição, desde a existência, teve quatorze presidentes, sendo cinco baianos: Ubiratan de Casto Araújo, Zulu Araújo, Erivaldo Oliveira, Hilton Cobra e o atual João Jorge Santos Rodrigues, que já presidiu o Grupo Cultural Olodum. JJ assumiu a Fundação, em 21 de março do ano passado, no Dia Internacional da Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.

Chegada de JJ na Fundação Palmares


				
					As ações da nova Fundação Palmares
João Jorge Rodrigues assumiu a Fundação Cultural Palmares em 2023. Foto: Reprodução / Redes Sociais

Rodrigues encontrou a Palmares completamente dilapidada pela gestão anterior de Sérgio Camargo. Enfrentou dias difíceis, problemas crucias como a tentativa de apagamento do 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, a perseguição a personalidades negras que foram homenageadas em outras gestões da FCP, além de declarações racistas na mídia, com o intuito de desqualificar pessoas que desenvolveram trabalhos na luta antirracista.

Mas, tudo isso é passado. Você conhece aquele provérbio que “depois da tempestade, vem a bonança?" E assim foi até a volta da dignidade, como disse o presidente no início dessa entrevista. A Fundação tem intensificado o seu papel na luta contra o racismo e a desigualdade, inclusive estreitando relações com as Embaixadas do Continente Africano. Outra questão que está na pauta é a reabertura dos Clubes de Negros no Rio Grande do Sul, onde a população negra era proibida de frequentar os clubes dos brancos. O Rio Grande do Sul chegou a ter mais de 50 Clubes de Negros. Um dos mais importantes foi o 'Floresta Aurora' que construiu uma história marcante no Estado, com ações sociais e recreativas.

Outra novidade é a 'Casa Palmares' que será implantada em um solar, na rua Ruy Barbosa, aqui em Salvador. Não se tem notícia de que na Bahia existiram clubes específicos para negros como no Rio Grande do Sul. O Centro Histórico de Salvador e o de São Luís, no Maranhão, são considerados territórios que devem receber atenção especial da Fundação Palmares.

Suzana Varjão na Fundação Palmares

E tem mais novidade na Fundação Palmares. A jornalista Suzana Varjão foi convidada pelo presidente da FCP para fazer parte da equipe da instituição. “Recebi o convite com orgulho e entusiasmo por continuar a trabalhar pela causa da cultura negra e por, ao lado de um guerreiro, contribuir com o Governo Lula”. Suzana Varjão é baiana e mora em Brasília há anos.

MUZENZA DO REGGAE APOSTA NO FUTEBOL


				
					As ações da nova Fundação Palmares
Bloco Afro Muzenza. Foto: Reprodução / Redes Sociais

Futebol é um assunto inesgotável e o Bloco Afro Muzenza, a máquina estrutural do reggae, mais uma vez, vai fazer gol na passarela. O tema é "Ginga, a arte do negro no futebol". O presidente Jorge Santos está empolgado. Também, só pode, porque ele é fascinado por futebol. No fim desse mês, o Muzenza vai realizar dois seminários sobre futebol.

E mais, com a presença de alguns atletas, entre eles o zagueiro João Marcelo, revelado no Bahia. O tema tem tudo a ver com o Muzenza, afinal o patrono do Bloco é Bob Marley, que amava futebol. Que massa!!!

Imagem ilustrativa da coluna ÓPRAÍ WANDA CHASE
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