O Grupo Afrodisíaco, comandado pelo cantor Pierre Onássis, vai fazer agora em agosto uma turnê na Espanha e no Canadá. “Temos que fortalecer nossa música", diz Pierre, um dos grandes compositores da música baiana. O artista tem 35 anos de carreira e estourou no Olodum na década de 90, quando fazia parte da ala de canto do Bloco Afro do Pelourinho.
Durante muitos anos, o Olodum era conhecido como uma fábrica de fazer sucessos, com canções eternizadas como 'Faraó Divindade do Egito', 'Protesto Olodum', 'Requebra', 'Rosa', 'Nossa Gente (conhecida como Avisa lá)', 'A ver navios', 'Deusa do Amor', 'Raça Negra', 'Mel Mulher', 'Retirante Ruralista', dezenas, centenas de sucessos. E Pierre foi autor de muitas dessas canções.
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Quem não lembra de 'Rosa' e de 'Requebra'? Falando nisso, no carnaval do ano que vem, 'Requebra' completa 30 anos. Claro que quase todo mundo aqui abriu um sorrisão ao lembrar do hit. A música quebrou paradigmas, “de que homem não podia requebrar “, lembra ele. A canção caiu no gosto popular da Bahia e do Brasil.
Turistas estrangeiros que passaram por aqui também foram envolvidos pelo suingue e tambores do Olodum. Pierre e seu parceiro José Carlos Conceição, mais conhecido como Nego do Olodum, fizeram de uma brincadeira nos ensaios no Largo do Pelourinho, uma música que virou sucesso. Isso eu vou contar num outro momento.
A Bahia, o Brasil, todos requebraram ao som do Olodum e do Afrodisiaco, grupo que Pierre assumiu há alguns anos, primeiro ao lado do parceiro Jau, depois sozinho.
Nesse último fim de semana, Pierre Onássis reuniu um grupo de amigos e fãs na Casa da Tina, no Bairro de Piatã. Ele gravou um álbum e fez um registro audiovisual do Afrodisiaco. Foi uma tarde mágica que entrou pela noite. E no repertório não faltou 'Rosa'.
O público cantou e dançou junto com ele. Duas baianas desceram do palco e saíram distribuindo rosas para a plateia. E nós cantamos: ‘’Ai se não me desse o seu amor, o que seria de mim Deus meu? O que seria de mim? Ai se não me desse o seu calor. O que seria do frio meu? O que seria de mim? Rosas, violetas representam o sincero carinho que tenho por você. Já que a solidão apavora. Por favor, vá embora e me deixe aqui. A pensar em ti grande amor...’’
O álbum estará disponível em todas as plataformas digitais. Foi uma tarde mágica e contou com a participação especial de Serginho, baixista e vocalista da Banda Adão Negro e da cantora Carol Pereyr.
POETA JOVINA SOUZA NA FLIPELÔ.
Chamo a atenção aqui para a participação da poeta Jovina Souza na Flipelô. Jovina vai lançar o livro de poemas “Estampas do Abismo “, pela Editora Malê. Baiana de Feira de Santana, Jovina é uma mulher engajada, professora de letramento racial e crítica literária. Um fato curioso: os títulos dos poemas são escritos em algarismos romanos.
Publico aqui um dos poemas do livro. O LXII: “Não me espere no encontro marcado, a vida é brevíssima para minha pele. Passarei no vento do fuzil da facção fardada. Ela guarda as calçadas e cumpre sua permissão: se o corpo é da pele da cor preta, bala. Não me espere para nosso encontro daqui a meia hora, será improvável minha chegada.”
O lançamento do livro será dia 18, ás 18h na Casa do Benin. Você não pode perder.
AGOSTO TEM FESTIVAL DE BLUES NO RECÔNCAVO BAIANO
Já está tudo pronto para a realização do Festival de Blues da Bahia, que acontece de 25 a 27 deste mês, na cidade de Cachoeira. O evento vai ser realizado na Praça da Aclamação. Este ano tem uma novidade, é o Blues Social, em benefício do Lar do Aconchego, que abriga idosos.
Artistas da cidade estão doando livros, canecas, objetos de arte, qualquer doação é bem vinda. Os organizadores do evento vão instalar um stand na Praça da Aclamação para receber as doações. Tudo que for arrecadado será revertido para o Lar do Aconchego.
Wanda Chase
Wanda Chase
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