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Diversidade, memória e intimidade marcam o Panorama Coisa de Cinema 2022

Paloma, Central de Memórias, Eu, Negra, Preciso Falar sobre ELA e Môa, Raiz Afromãe são alguns dos diversos filmes que me marcaram na 18º edição do festival

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Vanessa Aragão

09/11/2022 às 10:30 • Atualizada em 10/11/2022 às 6:24 - há XX semanas
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					Diversidade, memória e intimidade marcam o Panorama Coisa de Cinema 2022
Foto: Acervo Vanessa Aragão

Mais um ano do Panorama Coisa de Cinema - importante festival que ocorre em Salvador e acaba nesta quarta-feira (9). E, mais uma vez, vi uma diversidade de filmes e temáticas em suas sessões. A abertura com o filme Paloma, do diretor Marcelo Gomes, já foi um presságio do que viria adiante. Um filme que traz como protagonista uma mulher linda trans que sonha em se casar na igreja.

Já saí dessa sessão com a melhor das sensações do mundo: um filme com uma construção de personagem impecável e uma narrativa humanizada com muita responsabilidade e afeto, além de uma fotografia e direção de arte impecáveis.

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Outros filmes que trazem uma narrativa de proximidade e intimidade, que gostei muito, foram Preciso Falar sobre ELA, de Lili Curi, Assentamento, de Shai Andrade, Eu, Negra, de Ju Almeida e Eneida, de Heloísa Passos e Big Bang, de Carlos Segundo, que me impactaram por trazer cotidianos íntimos ao mesmo passo que se revelam questões importantes e coletivas, como doenças degenerativas, maternidade solo, entendimento da negritude, questões de família mal resolvidas e nanismo.  

Os filmes que falam sobre memória, denúncias políticas e sociais também foram destaque nesta edição, como Central de Memórias, de Rayssa Coelho e Filipe Gama, Quando a Pátria Bate Forte, de Jamille Fortunato e Alan, de Diego Lisboa e Daniel Lisboa. Esses filmes trouxeram denúncias fortes e vozes que precisam ser ouvidas na sociedade.  


				
					Diversidade, memória e intimidade marcam o Panorama Coisa de Cinema 2022
Foto: Divulgação

E claro, destaco também filmes de personalidades importantes e conhecidas da nossa terrinha, como o Môa, Raiz Afromãe, de Gustavo Mcnair, Carrego nas Mãos o meu Saber, de Marcelo Pinheiro e Rumpilezz: Entre Atabaques e All Stars, que tive a honra de realizar e ter seu lançamento nesta décima oitava edição do Panorama.

Uma emoção especial participar e sentir tudo isso, ver o poder do cinema de trazer vozes e empatia, de revelar universos com responsabilidade e sensibilidade para que possamos contemplá-los, nos revoltarmos, refletirmos e sentirmos o que há de melhor nesse mundão, também.

Agradeço pela existência da sétima arte e celebro a realização de festivais como este. Que ele sempre exista e borbulhem vários outros também, com a arte e cultura valorizadas neste país.


				
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