A primavera começa por volta das 22h de quinta-feira, 22 de setembro. Conhecida como a estação das flores, esperamos que as sementes plantadas anteriormente deem frutos e/ou flores. E assim pensei em minhas ações, reflexões e tudo que venho plantando ao longo desse caminho na fotografia e no audiovisual, todos os desafios que passei e todas as flores que tem vindo em forma de trabalhos, pessoas e criações artísticas.
Pensei também naquelas produções do cinema baiano que me encheram de flores, no sentido de que me trouxeram muitas reflexões, propósitos e carinhos em forma de narrativa cinematográfica. Assim, pontuo aqui cinco dessas produções que me fizeram florescer. Confira abaixo:
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Cinco Fitas (2020) – Este filme de Heraldo de Deus e Vilma Martins mostra a saga de duas crianças durante a festa da Lavagem do Bonfim. Eu pertenço a esta celebração desde pequena, afinal, morava perto da Igreja do Bonfim. Trazer uma festa popular que mistura o sagrado e profano como um personagem da narrativa, aliado à ancestralidade presente e uma família negra cheia de amorosidade, fé e ternura, me faz celebrar o que há de melhor na Bahia: suas gentes e sua fé ancestral.
Àkàrà: no fogo da intolerância (2020) – Esse longa documentário de Claudia Chávez traz várias vivências e algumas perspectivas originárias sobre o bolinho frito que todo mundo ama, o acarajé. O longa traz pessoas de diferentes religiões e o que mais me impressionou é sua força de trazer esse tema com diferentes fontes, mostrando como a intolerância se perpetua na nossa sociedade tão fortemente até os dias de hoje. É um filme necessário.
A Mulher no Fim do Mundo (2019) – O título do filme já traz uma reverência a Elza Soares, pois se referencia ao álbum da cantora A Mulher do Fim do Mundo, lançado em 2015. Esse filme de Ana do Carmo traz uma leveza incrível e mostra os desafios que uma mulher passa diante dos seus traumas e medos internos, até a busca da sua liberdade.
Café com Canela (2017) – Este filme que se passa em Cachoeira (Recôncavo Baiano) é dos meus filmes favoritos da vida. Ele já traz flores nos nomes das protagonistas – Violeta e Margarina – e mostra uma rede de afeto, cuidado e resistência entre duas mulheres negras de diferentes gerações.
Pedrinha de Aruanda | Maria Bethânia (2006) – Este filme não é uma produção baiana, foi feita pelo diretor carioca Andrucha Waddignton, mas traz a baiana de santo amaro Maria Bethânia e um tanto da sua intimidade na casa de sua mãe, Dona Canô, onde compartilham momentos preciosos em família e, para mim, é uma preciosidade em forma de documentário.
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Vanessa Aragão
Vanessa Aragão
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