Uma ilha pequena e encantadora. Essa é San Andres, que, embora fique sozinha no meio do mar do Caribe, próxima à Costa da Nicarágua, pertence a Colômbia. Os colombianos nativos, inclusive, se orgulham do que eles chamam de mar de sete cores. São sete tons de azul que podem ser vistos do alto da ilha.
Você já foi ao Caribe ou tem vontade de conhecer uma de suas ilhas? San Andres é uma excelente pedida para sua primeira vez nesse pedaço de paraíso chamado Caribe. Vamos às dicas!
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Como chegar
Primeiro de tudo, você precisa saber que não é preciso de passaporte para viajar a San Andres, afinal de contas a Colômbia é um dos países da América do Sul para o qual brasileiros podem viajar apenas com o RG. Mas fique atento, pois caso seu voo de conexão seja em um país que não faça parte desse acordo, a exemplo do Panamá, você vai precisar de passaporte.
Mas se for acessar San Andres a partir da Colômbia ou do Peru, não há com o que se preocupar. Normalmente, viajantes de todo o Brasil que se dirigem a San Andres, costumam fazer conexão em São Paulo, de onde seguem em voos da Avianca ou da Latam para Bogotá ou da Viva (companhia low cost) para Medellin. Essa última companhia tem oferecido preços bem atrativos, mas vale pesquisar, afinal, por ser low cost, tudo é pago, inclusive comida e bagagem.
Eu escolhi viajar com a Viva até Medellin, mas não peguei o trecho completo até San Andres, pois estava mais barato seguir de Medellin a San Andres com a Latam. Então fiz duas compras separadas para chegar ao meu destino. Tudo isso para economizar. Essa é a segunda vez que viajo a San Andres. A primeira foi em 2014 com voos da Latam que tinham conexão em Bogotá na ida e na volta.
Importante saber que no seu aeroporto de conexão, você precisará comprar a tarjeta de turismo para acessar a ilha. É um esquema parecido com o de Noronha. Enquanto na ilha brasileira pagamos uma taxa diária, além do ingresso do parque nacional, a colombiana cobra apenas um valor de entrada, que custa 128.000 pesos colombianos, o equivalente a cerca de R$ 133. É possível pagar com dinheiro ou cartão. Você pode comprar no guichê da companhia aérea ou no seu portão de embarque. Uma vez com a tarjeta na mão, preencha seus dados e guarde, porque uma via ficará com os policiais na entrada da ilha, mas você precisará apresentar o restante na saída.
Transporte
Agora sim! Você desembarcou em San Andres e está na hora de curtir o paraíso. Para sair do aeroporto, é possível pegar um táxi. Não há taxímetro. Combine antes o preço com o taxista. Normalmente, caso esteja hospedado no centrinho da ilha, o valor varia entre 18.000 e 20.000 pesos.
Também é possível caminhar do aeroporto até o centro. São cerca de 15 minutos. Mas só recomendo, caso esteja com conexão de internet no celular para seguir guiado pelo Google Maps. Como cheguei pela noite, após longa conexão, preferi pegar um táxi.
Na volta, fui andando. Fique atento na saída da ilha para não perder seu voo, porque o aeroporto é pequeno e cheio de filas. Chegue com antecendência de, no mínimo, duas horas.
Ilha livre de impostos
Além de suas belas praias, San Andres é uma zona franca, ou seja, não se paga impostos nas mercadorias. São vários duty frees pelas suas ruas, inclusive os famosos como La Riviera. Aqui é possível comprar de tudo, desde perfumes a bebidas alcoólicas. Nas ruas também encontramos roupas, malas, mochilas. Há ainda lojas revendedoras de produtos Apple.
Os preços não chegam a ser tão atrativos quanto nos Estados Unidos, mas é possível comprar iPhone, iPad e acessórios com valores mais baratos que os praticados no Brasil. E vale negociar nessas lojas que não são duty free.
Hospedagem
Não caia no conto do barato sai caro. A ilha é pequena, mas não recomendo que se hospede em outro lugar que não seja o badalado centro. Ficar longe de tudo vai fazer suas opções diminuírem, como, por exemplo, na hora de escolher restaurantes. Se no centro há diversos restaurantes, inclusive pizzarias e hamburguerias concorridas, como Dominos, El Corral e até mesmo uma Subway, em pontos mais distantes são poucos os restaurantes.
Há opções de hospedagem com bons preços no centro. Basta pesquisar em sites como Booking, Hotéis.com, dentre outros. Desta vez, me hospedei no Caribbean Island Hotel Piso 2, que é um dos poucos da ilha a possuir água quente nos chuveiros. Não que isso seja um problema, já que San Andres faz calor o ano todo.
Passeios
San Andres tem algumas opções de passeio que podem ser feitas em combo ou separadas. Embora seja possível comprar esses passeios em reais em sites como Decolar e Hurb, recomendo que o faça na própria San Andres, porque o preço é mais barato. Um passeio ao aquário e a ilha Johnny Cay, por exemplo, que sai R$ 87 por pessoa em um desses sites, pode ser obtido nas agências da ilha por 35.000 pesos colombianos, algo em torno de R$ 40.
Esses são passeios que você não pode deixar de fazer, já que Johnny Cay tem um mar azul Caribe de dar inveja à Cancún. O aquário é outra ilhinha que recebe esse nome por ser um lugar onde é possível avistar peixes com facilidade.
Outro passeio que recomendo é o de volta à ilha com carrinho de golfe. É possível alugar esses carrinhos em todas as partes da ilha. Por algo em torno de 240.000 pesos colombianos, você consegue um carrinho para o dia inteiro e que leva até 4 pessoas. Basta pegar a avenida principal e dar a volta à ilha parando nos pontos do seu interesse para curtir o mar, dar aquele bom mergulho, tirar belas fotos e tomar drinques que só o Caribe tem. Você é o comandante dessa aventura. Uma das paradas obrigatórias é em West View. A entrada custa 7.000 pesos por pessoa, algo em torno de R$ 7,50.
Nesse lugar, há um toboágua que cai direto no mar, bem como dois trampolins. É uma aventura e tanto. Por aqui também é possível ver diversos peixes. Não esqueça o equipamento de snorkel. Caso não tenha, você pode alugar no local, que também dispõe de coletes para quem não sabe nadar.
Uma opção mais custosa e que não fiz em nenhuma das duas vezes em que estive na ilha é viajar até Providência, uma pequena ilha, mais distante, que pertence a própria San Andres. Ha voos em aviões de pequeno porte que levam até lá. Quem foi garante que o lugar é paradisíaco. Eu preferi ficar por San Andres e desfrutar de outras opções, como ir até o alto da ilha, na primeira Igreja Batista, onde é possível avistar o mar de sete cores. Na primeira vez que fui, pagamos um guia que nos levou de carrinho de golfe a uma lagoa que fica dentro da ilha, onde é possível ver pequenos jacarés. Não é uma atração imperdível, mas caso queira, fica a dica.
A única preocupação em San Andres é curtir a praia. Para isso você sequer precisa fazer os passeios. A ilha tem bons pontos para curtir o mar. Ao redor do centrinho, a praia costuma ficar cheia. Junte-se aos turistas e desfrute do que San Andres tem de melhor a oferecer. Outra dica importante é que, caso não tenha café da manhã incluído no seu hotel, você pode aproveitar a padaria La Fondita para tomar seu café e se preparar para um dia de aventuras. Outra coisa que você deve estar estar atento é com relação a chuva. Mas não se assuste, porque em San Andres, com a mesma facilidade que uma tempestade chega, ela vai embora. É comum chover por aqui. A primeira vez que viajei até a ilha, tivemos que fazer uma parada não programada na Cidade do Panamá para reabastecer por conta de um temporal. Cerca de meia hora depois, voamos e pousamos numa ilha sem nenhum sinal de chuva.
E aí, gostou do destino do mês? Já se sente preparado para mergulhar no mar do Caribe? Para essas e outras dicas, acesse a página ibahia.com/issabordo. Boa viagem!
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Erick Issa
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