Em 57 anos de carreira, os inúmeros discos, shows, entrevistas e filmes não são suficientes para conhecer Maria Bethânia (@mariabethâniaoficial). Este foi o ponto para o jornalista Carlos Jardim (@carlosjardim18) criar o roteiro e dirigir o “Maria – Ninguém sabe quem sou eu", que estreia no dia 31 de agosto”, no Cine Glauber Rocha. A própria Maria Bethânia é quem desvenda essa personalidade única no cenário cultural brasileiro. No longa, só Bethânia fala de Bethânia, através de um depoimento inédito e exclusivo gravado no teatro do Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.
Em cartaz nos cinemas, a partir de 1° de setembro, o filme traz ainda falas, imagens raras garimpadas nos arquivos da TV Globo e da TV Bahia. Destaque para o show antológico que Bethânia e Chico Buarque fizeram em 1975, e do espetáculo que a cantora e o irmão Caetano Veloso realizaram em 1978. Há ainda registros de “A hora da estrela”, de 1984, baseado na obra de Clarice Lispector.
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Durante 100 minutos, Bethânia fala sobre assuntos importantes na sua trajetória, como a paixão pelo palco, a força de sua presença em cena, fé e religiosidade, a ligação de amor com a mãe Dona Canô e o pai, Seu Zezinho. Sobre o irmão Caetano Veloso, ela diz que “é mestre do meu barco desde que eu nasci. Ele me ensinou a andar, a dar os passos”. Muito presente em seus trabalhos, a literatura surge na sua admiração pelos escritores Fernando Pessoa, Clarice Lispector e Mia Couto.
Textos marcantes sobre a cantora, escrito por Ferreira Gullar, Nelson Motta, Fauzi Arap, Caio Fernando Abreu e Reynaldo Jardim, este último autor do livro “Bethânia guerreira guerrilha”, são narrados pela atriz Fernanda Montenegro. A narração é ilustrada com imagens registradas por fãs-fotógrafos da cantora, que o diretor do filme garimpou nas redes sociais dos fãs-clubes.
Entre suas revelações, a cantora conta que, por conta de ter feito o “Opinião”, foi presa de madrugada em casa durante a ditadura militar e levada para o Dops (Departamento de Ordem Pública e Social), usada como polícia política dos militares. Entre as cenas de ensaios e shows da artista, destaque para as interpretações de grandes sucessos de sua carreira, como “Olhos nos olhos” (Chico Buarque), “É o amor” (Zezé di Camargo), “Gita” (Raul Seixas”), “Amor de índio” (Beto Guedes) e “Álibi” (Djavan).
AS MENINAS DA BANDA PANTERAS NEGRAS LEVAM A MÚSICA INSTRUMENTAL PARA SP
A banda instrumental Panteras Negras (@bandaspanterasnegras), formada por mulheres negras e LGBTQIA+, faz suas primeiras apresentações além das fronteiras baianas. Dentro do Circuito Sesc de Artes, o grupo baiano vai acompanhar a cantora Josyara, este mês, em uma turnê por nove cidades paulistas. Ainda em agosto, a banda vai aterrissar no Festival Sonido, em Belém. Cada vez mais se destacando na cena musical, as Panteras Negras têm uma formação instrumental base com percussão, bateria, guitarra e baixo.
“Hoje não temos mais somente uma banda Panteras Negras, mas sim um movimento com diferentes formações de instrumentistas de vários estados que se comunicam com a nossa proposta. A ideia é que este movimento alcance e agregue musicalmente essas artistas por todo o Brasil”, afirma Ziati Comazi, idealizador da Nova Estação, produtora e aceleradora musical voltada para mulheres negras.
CARLA CRISTINA LANÇA O BLOCO “AGRADA GREGOS” EM SALVADOR
A versão baiana do bloco paulista será mais uma atração LBBTQIA+
O Carnaval terá mais uma atração LGBTQIA+ em Salvador. A cantora Carla Cristina (@carlacristina) entrou em sociedade com o bloco paulista Agrada Gregos, para criar uma versão baiana que deverá estrear no domingo da folia, no Circuito Barra-Ondina.
Ao contrário de São Paulo, em Salvador a pipoca será substituída pela venda de abadás. Como aconteceu com alguns blocos em Salvador, o Agrada Gregos nasceu hetero e acabou saído do armário com a invasão do público LGBTQIA+.
CALÇADÃO
- Tem que chegar cedo para não ficar de fora. Domingo, às 11 horas, Margareth Menezes vai apresentar o show Eletroacústico, no TCA. O convite custa R$ 1 (inteira) e R$0,50 (meia) e a venda acontece a partir das 09 horas, duas horas antes do show. Margareth é uma das cantoras que mais se apresentou na sala principal do teatro e na Concha Acústica.
- Um dos principais ícones da resistência LGBTQIA+ de Salvador, a Tropical Club vai ser a casa da MANIFESTO, neste sábado, a partir das 23h. A edição DISCOTHÈQUE vai reunir o que há de mais inclusivo, representativo e contemporâneo na noite alternativa underground baiana. No line upe, os DJs Jerônimo Sodré, Lucio K, Arthur Valleti e Malayka SN. As performances de Shankar, Verenna Vargas e Lip Moreira completam esse hub de diferentes circuitos e repertórios.
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Jamil Moreira Castro
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