Na véspera do Dia do Trabalho, quero propor uma reflexão que não tem a ver com o trabalho que a gente entrega para os outros. Tem a ver com o trabalho interno.

Aquele que ninguém aplaude, mas que transforma quem a gente é.
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Um paciente me disse algo recentemente que ficou ecoando: “Tem coisas que eu vivi que prefiro nem pensar, porque não serviram pra nada, só pra me machucar.”
E aí está um ponto delicado: às vezes, o trauma não é só o que nos feriu. É o que escolhemos não aprender com aquilo.

Quando nos recusamos a dar sentido à dor, ela vira uma conta aberta. Uma dívida emocional que vai sendo cobrada em forma de bloqueio, de medo, de repetição.
Mas quando a gente se dispõe a olhar pra trás com mais honestidade e menos julgamento, a dor se reorganiza. Não desaparece — mas vira algo mais digerível. Um tijolo na construção da nossa história, e não uma pedra atravessada no caminho.
Você sente que tem contas abertas com o seu passado? Tem algo que ainda dói porque você insiste em negar que isso também te formou?

Nesse Dia do Trabalho, eu te convido a reconhecer o esforço silencioso que você faz, todos os dias, pra seguir em paz com a sua própria história.
Esse também é um trabalho. Talvez, o mais importante de todos.

Fabiano Lacerda
Fabiano Lacerda
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