Desde pequenos, somos ensinados a buscar a estabilidade. Fomos incentivados a “escolher o caminho mais seguro”, “evitar riscos” e “ficar onde está tranquilo”. A ideia de estabilidade é muitas vezes vista como sinônimo de felicidade e segurança. Mas, se pararmos para refletir, vemos que a estabilidade, como a buscamos, é uma ilusão.
Tudo ao nosso redor está em constante transformação. O vento muda de direção, o rio nunca segue o mesmo curso, e as estações do ano continuam seu ciclo. O que tentamos controlar, muitas vezes, é aquilo que é incontrolável: a mudança. Resistir ao fluxo natural da vida, querer que tudo se mantenha como está, é o que causa o sofrimento.
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A verdadeira dor não vem da mudança em si, mas da nossa insistência em evitar ou controlar o que já mudou. O sofrimento surge quando nos apegamos ao que já se foi ou à expectativa de um cenário que não se concretizou. Quanto mais tentamos resistir, mais difícil se torna o processo de adaptação.
Em momentos de instabilidade, a verdadeira força está em entender que, em vez de lutar contra a mudança, precisamos aprender a fluir com ela. E, para isso, o apoio emocional torna-se essencial.
Essa semana, começou o "BBB 25", e o grande diferencial desse ano é a dinâmica de duplas. Ao invés de entrarem sozinhos, os participantes terão que formar parcerias e se apoiar mutuamente para enfrentar os desafios e superarem as adversidades do jogo. Essa mudança de formato traz uma importante lição: quando passamos por transformações e momentos difíceis, contar com alguém ao nosso lado pode ser fundamental para lidarmos com a instabilidade e o caos da vida.
Como psicólogo, vejo de perto como o acompanhamento adequado pode oferecer a clareza e o suporte necessários para lidar com essas instabilidades. O apoio emocional, o ombro amigo e a disposição para aprender com os desafios juntos são vitais para não sermos consumidos pelas mudanças. Aceitar as transformações que acontecem em nossas vidas é uma parte essencial do crescimento, e isso muitas vezes exige a ajuda de um profissional que possa nos guiar nesse processo de adaptação.
Assim como os participantes do programa precisam se reinventar para superar os desafios em dupla, talvez você também precise renovar sua perspectiva sobre as mudanças que está enfrentando. Busque aprender com elas, aceite-as com coragem e flexibilidade, e procure apoio emocional para não se perder no processo.
Quem está ao seu lado para atravessar as mudanças que estão por vir? E, mais importante, quem você escolhe apoiar em suas próprias adversidades? Porque, no final, lidar com a instabilidade da vida não é apenas sobre quem escolhemos para nos apoiar, mas também sobre quem decidimos apoiar e caminhar junto. A verdadeira força está nessa troca, nesse equilíbrio entre ser apoiado e apoiar.
Fabiano Lacerda
Fabiano Lacerda
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