E aí? Tá tudo bem?

E aí? Tá tudo bem? Antes de mergulhar nessa pergunta que muitas vezes respondemos no automático, deixa-me apresentar. Fabiano Lacerda aqui, super empolgado para começar essa coluna com você. Nascido e criado no bairro de Brotas, em Salvador, grito: “Bora Baêa Minha P…!” Gosto de questionar padrões e contratos sociais. Já escrevi três livros, um deles saindo ainda este ano, e a paixão por podcasts é forte — inclusive tenho um!

Também curto praticar esportes e já completei a prova do Ironman. Na última década, venho vencendo a batalha contra a obesidade, onde eliminei mais de 100 quilos, sem cirurgias ou remédios. Isso mesmo: cem quilos perdidos!

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Como psicólogo, a motivação das pessoas é uma das minhas grandes paixões. Minha jornada é repleta de desafios, aprendizados e transformações. Mas, agora quero compartilhar um pouco disso com você, leitor do iBahia. Toda semana, trarei reflexões que poderão inspirar você a encontrar um equilíbrio emocional na vida, além de dicas práticas para vivermos de forma mais leve e significativa.

Agora, vamos falar sobre a tal pergunta: tá tudo bem, mesmo? Quantas vezes você já respondeu “tudo bem” sem parar para refletir se realmente está? Em um mundo cada vez mais acelerado, respondemos no automático, sem perceber que essa resposta pode estar escondendo algo. Nos acostumamos tanto a seguir o fluxo do dia a dia que, muitas vezes, ignoramos sinais claros de que nem tudo está como deveria.

Em tempos de inteligência artificial e redes sociais, a pressão para se adaptar e seguir padrões está mais forte do que nunca. O bombardeio constante de expectativas externas torna fácil perder o contato com o que estamos de fato sentindo. Então, como podemos sair desse ciclo de automatismo e nos reconectar com nós mesmos?

A seguir, trago algumas dicas práticas para ajudar você a quebrar esse ciclo e sair do automático.

1. Pratique a auto-observação

O primeiro passo para sair do automático é observar suas reações e comportamentos diários. Pergunte-se: “Por que estou respondendo ‘tudo bem’?”, “O que realmente estou sentindo agora?” Essas perguntas simples podem ajudá-lo a se reconectar com suas emoções e perceber padrões repetitivos que precisam ser ajustados. Não tenha medo de pausar e analisar seus sentimentos com mais profundidade.

2. Estabeleça momentos de pausa

Em meio à rotina acelerada, agende momentos de pausa durante o dia. Esses intervalos podem ser curtos, de 5 a 10 minutos, mas são essenciais para desconectar do automático. Use esse tempo para respirar, meditar ou até mesmo escrever o que está passando pela sua mente. A ideia é criar espaços de consciência que interrompam o ciclo de respostas automáticas e impulsos não refletidos.

3. Defina intenções diárias

Em vez de apenas reagir ao que o dia traz, comece sua manhã definindo uma intenção clara para o dia. Pergunte-se: “O que eu quero sentir hoje?”, “Quais são as minhas prioridades reais?” Definir intenções ajuda a moldar seu comportamento de forma consciente, permitindo que você esteja no controle das suas ações em vez de ser levado pelo fluxo.

4. Cultive a autenticidade

Seja verdadeiro consigo mesmo. Muitas vezes, nos escondemos atrás do “tudo bem” porque não queremos mostrar vulnerabilidade. Mas a autenticidade é um dos pilares para viver uma vida equilibrada e significativa. Permita-se sentir, expressar e viver suas emoções de maneira honesta. Não se trata apenas de ser forte o tempo todo, mas de reconhecer quando algo não está bem e buscar soluções.

5. Conecte-se com o presente

A pressa e o volume de informações a que estamos expostos podem nos desconectar do presente. Aprenda a praticar a atenção plena (mindfulness). Seja em momentos simples, como uma refeição ou uma caminhada, tente estar completamente presente, observando as sensações e os pensamentos sem julgá-los. Isso ajuda a reduzir o comportamento automático e aumenta sua percepção de si mesmo e do ambiente.

Saia do 'Tudo Bem' automático

Essas práticas podem parecer simples, mas têm um poder transformador. Quando começamos a questionar e a ajustar pequenos hábitos, aos poucos, nos libertamos do automático e reconectamos com o que realmente importa. Não se trata de uma mudança imediata, mas de um processo contínuo de autodescoberta.

E se você ainda se pergunta: como podemos ser verdadeiramente autênticos em um mundo que constantemente nos diz como devemos ser?

A resposta está em algo simples, mas poderoso: ouvir a nossa própria voz. Ao abandonarmos as respostas automáticas, iniciamos um percurso genuíno, alinhado com nossos verdadeiros desejos, necessidades e valores. Valorizar o que nos torna únicos é essencial para uma vida mais plena. Isso implica olhar com sinceridade para nossas necessidades, respeitar nossos limites e reconhecer o que nos faz sentir inteiros, independentemente das expectativas externas.

Quando nos permitimos ouvir nossa voz interior, rompemos o ciclo automático de reações e começamos a trilhar um caminho mais autêntico, que reflete nossos verdadeiros valores e propósitos. Essa jornada de autodescoberta é fundamental para construirmos uma vida significativa e conectada com o que realmente somos.

Estou animado para continuar essa conversa com você e explorar, semana a semana, como podemos construir uma vida mais significativa. Até a próxima!

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