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De Resenha

Plataforma “Teatro e Os Povos Indígenas” oferece conteúdos gratuitos

Ambiente virtual reúne produções artísticas, intelectuais, espetáculos, performances, podcasts, livros, vídeos, textos e palestras

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Arlon Souza

21/04/2023 às 18:00 • Atualizada em 08/05/2023 às 12:02 - há XX semanas
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					Plataforma “Teatro e Os Povos Indígenas” oferece conteúdos gratuitos
Foto: Divulgação

Idealizada pelo filósofo e líder indígena Ailton Krenak e por Andreia Duarte, atriz e diretora artística da produtora “Outra Margem”, no contexto da pandemia (2021/2022), a plataforma digital “Teatro e os povos indígenas” (TePI – Teatro e os Povos Indígenas) é um ambiente virtual de conteúdos gratuitos, que é um deleite para quem deseja ampliar e aprofundar seus conhecimentos sobre arte contemporânea indígena, produzida por indígenas e não-indígenas. Contudo, mais especialmente, as artes cênicas, o teatro, a performance e obras criadas na interseção com o audiovisual. Um material para compreensão da história, do universo, da identidade e da estética indígenas de maneira contemporânea e mais expandida.

A plataforma reúne uma diversidade de produções artísticas e intelectuais que, além dos espetáculos, performances e leituras dramáticas, inclui também uma série de publicações, podcasts, livros, textos, rodas de conversa, palestras, entre outros conteúdos informativos, críticos e analíticos sobre a dramaturgia indígena. Alguns disponíveis em línguas indígenas, como o guarani. Um espaço que pode ser muito interessante para embasar autores, artistas, estudantes, escolas, universidades e criadores numa abordagem mais adequada e respeitosa do universo e da espiritualidade indígena. Desconstruindo preconceitos e estereótipos que costumam folclorizar os povos indígenas

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Ao todo são 85 convidados, entre criadores, pesquisadores e intelectuais, compondo 71 ações que envolvem artistas das etnias Baniwa, Terena, Mapuche, Shipibo, Guajajara, Krenak, Tariano, Tukano, Potiguara, Pataxó, Pankararu, Guarani, Maxacali, Desana, Kamayurá, Tupinambá, Kadiwéu, Kubeo, Corezomaé e Wapichana, que se dedicam a estudos e trabalhos que reforçam a desconstrução de parâmetros coloniais.

Um dos lançamentos mais expressivos da plataforma TePi Digital é um e-book intitulado “Teatro e os povos indígenas, janelas abertas para a possibilidade”, organizado por Naine Terena e Andreia Duarte e edição de Ricardo Muniz, numa parceria da Outra Margem com a N-1 Edições (editora de livros independentes). São 14 textos escritos por artistas indígenas, ou por parceiros indígenas e não indígenas de forma compartilhada. Dezenove autores de várias regiões do Brasil, Chile e Equador discutem e pensam sobre as relações entre o teatro e os povos originários. O livro pode ser acessado e baixado gratuitamente abaixo - Teatro e os Povos Indígenas: janelas abertas para a possibilidade (tepi.digital)

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As organizadoras do e-book explicam que desde o início pensaram em “realizar um livro no formato digital livre, não acadêmico, garantindo a possibilidade de uma escrita artística, aproximada dos desejos, incluindo a expressão poética, a oralidade, a memória de acontecimentos, histórias e imagens pessoais, onde a escolha do digital também foi pensada como forma de alcançar um público mais amplo por meio das redes sociais e uma maneira de costurar parcerias para reforçar a discussão nas escolas de teatro, em mostras artísticas, instituições culturais, faculdades de arte e humanas no Brasil”.


				
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