Hora de comprar eletroeletrônicos, vestuário, móveis, alimentos e até serviços com descontos nunca vistos antes! (ou melhor: somente em uma época do ano)
Período de grande expectativa para o consumidor e para o comércio, a primeira Black Friday brasileira aconteceu há 12 anos. O evento aconteceu no dia 28 de novembro de 2010, em formato 100% online, reunindo mais de 50 lojas do varejo nacional.
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De lá para cá, a sexta-feira de descontos tem batido recordes de vendas. E sempre ampliando o movimento de descontos que nasceu no on-line, para um movimento híbrido, com grande apelo presencial.
Com a expectativa de crescer 1% em 2022, o volume de vendas previsto chega à casa dos R$ 4 bilhões só no mês de novembro. Este deve ser o melhor desempenho desde 2019 – período que antecede a pandemia.
Se para o consumidor é hora de comparar os preços e comprar barato, para o varejista é tempo de “escoar” produtos parados. É tempo também de calcular quanto desconto pode ser dado no item, atraindo compradores, mas mantendo alguma margem de lucro preservada.
Como não sou expert em precificação, perguntei para Cristiane Almeida - especialista em gestão empresarial e planejamento tributário, da Brasis Contabilidade -, o que precisa ser pensado na hora de gerar descontos para o produto/serviço.
“Importante começar pelo levantamento de todos os gastos da empresa: compras, mão de obra, sistema, frete da entrega, aluguel, condução, impostos, equipamentos, serviços tomados, entre outros, para em seguida definir o preço de venda.”
De acordo com Cristiane, é necessário cobrir todas essas variáveis e assim identificar o lucro que pode ser retirado. “De forma simplificada, a fórmula para definir o preço é: preço de venda = gastos totais + lucro”, simples, né?
Brinquei, mas é verdade! Para ter lucro, mesmo com uma margem baixa, é preciso conhecer suas variáveis, calculá-las, somar à margem de lucro e então definir o valor. A ideia da Black Friday para o varejista não é perder dinheiro, mas ganhar no volume de vendas e no esvaziamento de estoque parado.
Para Cris (sim, eu crio intimidade fácil!), “quando o preço do produto ou serviço está cobrindo todos os gastos, mas não gera lucro, tem-se apenas uma compensação, isso significa que há apenas uma troca. E quando gasta mais do ganha, a empresa opera em prejuízo e sendo acumulado chega a interferir na sua continuidade”.
Com experiência na área, Cristiane lista algumas dicas simples para quem quer vender mais e melhor:
- 1. Agregue valor – mostre benefícios, vantagens e diferenciais;
- 2. Simplifique as operações – quanto mais simples a operação, mais rápida a venda;
- 3. Faça a escolha da tributação correta – isso é essencial na hora de calcular o custo final, tá?
- 4. Seja sensato(a) nos descontos – seja coerente com o mercado e jamais engane o seu cliente;
- 5. Faça consultoria com os profissionais contábeis – profissionais qualificados podem ajudar sua empresa a crescer de forma sadia e estratégica.
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Rodrigo Almeida
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