O Chamado 4: Samara Ressurge chega aos cinemas 21 anos após o original que fez o maior sucesso lá no início dos anos 2000. A ideia de que a pessoa que assistisse uma fita cassete amaldiçoada morreria 7 dias depois era muito promissora. Ainda tínhamos o terror que era a imagem de Samara, que realmente infligia medo e tensão ao espectador.
Corta para este ano com o lançamento deste filme que prometia trazer de volta essa tensão e terror para as telonas. Apenas promessas, no final das contas. Não sou a maior fã de longas de terror porque costumo me impressionar com facilidade e ficar com medo. Quando o filme é bem feito, ele me deixa aterrorizada e isso é péssimo. Quando o filme é mal feito, ele não me causa nada. Dito isso, assisti O Chamado 4: Samara Ressurge às 22h sozinha e não tive qualquer afetação no meu sono.
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Aqui neste longa temos a mesma problemática da fita cassete amaldiçoada, mas atualizada para os tempos modernos. Desta forma, um dos grandes riscos é que o vídeo caia na internet e gere uma mortalidade em massa das pessoas. Essa premissa é bem interessante e bem executada, pois temos aí um risco a mais, para além da fita em si, que é a curiosidade e a maldade do ser humano.
Unido a isso, temos uma jovem cientista bastante cética que acredita ter uma explicação lógica para o fenômeno, usando dados científicos. Ela acaba assistindo à fita para entender como funciona e buscar uma solução para aquele mistério. O problema é que esta ideia está envolta em um cenário completamente pobre de enredo e atuações. Os personagens são fracos, sem força alguma e sem carisma. Não nos conectamos com ninguém, nem com a própria Samara.
Aliás, essa é a maior problemática de O Chamado 4: Samara Ressurge. Vemos muito pouco de Samara, o que é péssimo. Primeiro porque o título nos promete muito mais e segundo porque ela é quem tem o potencial de nos causar medo. No entanto, eles mostram demais da garota, quebrando todo o mistério sombrio que tínhamos lá no primeiro filme. Parte do medo é justamente não saber o que temos do outro lado e este longa aqui ignora completamente essa lógica.
Com pouco medo, pouco susto e pouca tensão, ficamos apenas com a ladainha da descoberta da cientista que tenta a todo custo desvendar esse mistério das mortes. Tudo isso muito mais rápido, pois aqui temos o detalhe de que os 7 dias de outrora agora se tornaram apenas 24h. Em um enredo fraco e pouquíssimo atraente, O Chamado 4: Samara Ressurge não poderia nem se denominar terror, já que ele não consegue nos dar nem o mínimo susto de jump scare.
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Marcela Gelinski
Marcela Gelinski
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