A série Bridgerton, da Netflix, é o hype do momento em quesito de entretenimento e tem conseguido cada dia mais fãs que acompanham fielmente o lançamento dos episódios. Baseada em uma coleção de livros da escritora Julia Quinn, a história explora uma época em que o foco das pessoas era socializar em grandes eventos, achar bons casamentos para si ou para seus filhos e comer o dia inteiro. Talvez uma época com preocupações mais simples, que definitivamente atrai o público até hoje.
Nesta terceira temporada, o foco é no irmão Colin Bridgerton, que voltou de viagem com um estilo bem diferente. Ele está mais atraente, sociável e mulherengo. Penelope Featherington, sua amiga, lamenta o afastamento de Eloise, enquanto segue cada vez mais se apaixonando pelo amigo. Ainda que ela não acredite que é merecedora de qualquer atenção e afeto.
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Normalização de temáticas importantes
O que eu acho bacana em Bridgerton, de um modo geral, é a normalização de temáticas que são importantes para a sociedade e que normalmente são debatidas com um holofote específico. Rainha negra? Isso não é comentado pois entende-se como comum. Protagonista gordinha? Hora nenhuma isso vira pauta.
E não é querendo desmerecer ou criticar qualquer forma de debate sobre temas como racismo, lugar da mulher na sociedade, tipificação dos corpos. Mas ver a naturalidade com que a série trata também é um invés bastante interessante e propício, que ajuda ao público entender que está tudo bem essa ocupação de espaços por essas pessoas ditas “fora do padrão”.
Essa temporada tem uma característica bem diferente da primeira, onde o foco era quase que 90% do tempo no casal principal. Aqui eles dão espaços para outros personagens, outras discussões. A série fica mais diversa e dinâmica. Isso é favorável por um lado e problemático por outro.
De um lado temos a falta de explorar ainda mais o casal Colin e Penelope, que é super interessante e tem muito potencial de tela. No entanto, saber mais de Benedict e o casal Mondrich também é muito bem-vindo, pois eles são igualmente intrigantes. Acho que é um formato diferente que tem funcionado.
Bridgerton oferece romance, tensão e leveza
Bridgerton é o tipo de série que oferece aquilo que o espectador espera – romance, tensão, leveza – trazendo inclusões importantes no meio do caminho. Uma série perfeita para relaxar no fim de semana e ficar sonhando com os bailes que eles frequentam como se fossem comprar pão na padaria da esquina.
Pela minha percepção, um dos maiores atrativos é justamente essa sensação de uma época mais simples e com problemas mais corriqueiros. Enquanto hoje estamos com a mente constantemente a mil pensando em trabalho, pagar conta, arrumar a casa, cuidar da saúde, fazer atividade física, dar atenção aos relacionamentos, estudar, etc, naquela época eles apenas pensavam em qual roupa usar no próximo baile e qual garota paquerar na praça. Pelo menos é o que nos parece.
E que bom que é assim. Esse suspiro é justamente o que a maioria das pessoas precisa ultimamente e é aí que mora todo o sucesso de Bridgerton e séries e filmes semelhantes que nos fazem relaxar sem precisar analisar tanto.
Por isso, já estou ansiosa para o lançamento dos quatro episódios finais, que acontecerá no dia 13 de junho.
Marcela Gelinski
Marcela Gelinski
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