De um canal com mais de 400 mil inscritos, o "Na Rédea Curta" parte do sucesso na web para conquistar as telas de cinema a partir do dia 1º de dezembro.
Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (23), os diretores Glenda Nicácio e Ary Rosa e os atores baianos Sulivã Bispo e Thiago Almasy falaram sobre a novidade, além de revelarem inspirações e detalhes da trama que vai para as telonas.
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"Acho que foi um grande desafio nas nossas vidas. Foi o primeiro projeto que não nasceu com a gente, né? E foi gostoso também aprender a amar e se encantar com personagens que vieram de fora. Teve um processo de muita generosidade nessa ciranda com os criadores. E isso foi muito gostoso, trouxe esse tom cômico, a gente escreveu por muitas mãos esse roteiro", explicou Glenda.
A dupla de diretores, formada pela profissional e Ary, já colaborou em outros trabalhos que levaram o Recôncavo Baiano, em específico a cidade de Cachoeira, para fora do circuito tradicional de cinema independente, em trabalhos como “Café com Canela”, “Ilha” e “Até o Fim”.
"Existe um protagonismo também na própria equipe, né? E isso se faz romper com muita coisa e faz-se mover diversos tipos de público", completa a diretora.
Mainha com jeito de mainhas
No bate-papo, o ator Sulivã Bispo falou sobre as inspirações pessoais para a construção da personagem Mainha, mãe de Júnior e responsável por dar todos os carões e ensinamentos no jovem durante as esquetes do Youtube.
"Mainha não foi um personagem que eu estudei para construir, é um personagem construído a partir das minhas memórias. Então é importante trazer esse recorte afirmativo, entendendo que a maternidade é plural. A mulher preta vai se enxergar nesse papel, mas todas as mulheres também vão se identificar", afirmou.
"Fui fazer Mainha a partir dessas memórias, dessas mulheres que me criaram. Então Mainha é minha vó, minha madrinha, minhas tias, minhas irmãs de santo. Então esse personagem é uma eterna construção", completou o ator.
Thiago Almasy, responsável pelo Júnior, também falou sobre a criação do personagem e reiterou a importância das bagagens pessoais para a criação de Mainha, da mesma forma que utiliza no jovem para a trama.
"Sullivan tinhas as roupas da avó dele e eu tinha as minhas roupas, era minha casa, minha cachorra. Primeiro a gente fazia uma espécie de sala de roteiro primeiro, a gente pegava essas histórias de Sullivan, anexava as minhas histórias também", iniciou.
"Eu sinto que a periferia, principalmente a baiana que é onde moro, é marcada por famílias muito matriarcais onde a mulher que determina, ela que tem o emprego e maior renda. Então eu sempre quis botar que Mainha é essa mulher, que é professora aposentada, que é a última voz. E ao mesmo tempo ela negocia esse afeto, essa liberdade de permitir que ele conheça coisas que ela não pôde experimentar, o 'Na Rédea Curta' traz um pouco disso, né?", completou Thiago.
Estreia nas telonas
No filme que chega aos cinemas no início de dezembro, Júnior descobre que será pai e, a partir disso, vai procurar saber quem é o pai dele.
A história vai para Cachoeira após a própria Mainha se sentir pressionada e revelar que o pai do jovem de 20 anos mora na cidade do Recôncavo Baiano, distante cerca de 120 quilômetros de Salvador.
Ainda de acordo com a sinopse, a história passará por diversas confusões enfrentadas pelos personagens na busca pelo pai de Júnior, até o personagem perceber que a figura paterna esteve o tempo todo em sua vida, apenas de uma forma diferente.
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Lucas Mascarenhas
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