A greve de roteiristas de Hollywood ganhou um fator extra nesta quinta-feira (13). O sindicato de atores da indústria cinematográfica anunciou que a negociação com os estúdios americanos terminou sem acordo, e também vai paralisar as atividades.
Isso não acontece desde 1960, quando Ronald Reagan, ator e futuro presidente dos Estados Unidos liderou uma ação que acabou obrigando os estúdios a aceitar concessões. Une-se a causa em 2023 o SAG-AFTRA, que representa a união dos dois sindicatos: SAG, dos atores de cinema e AFTRA, a Federação Americana de Artistas do Rádio e Televisão. Juntos, eles englobam mais de 160 mil artistas, como Meryl Streep, Pedro Pascal, Jennifer Lawrence e outros.
Leia também:
Isso está acontecendo porque o contrato de trabalho do Sindicato dos Atores (SAG-AFTRA) - que inclui dubladores, atores da TV, do cinema, apresentadores e outros grupos do ramo - com a AMPTP, a associação que representa estúdios e serviços de streaming, não chegou a um acordo quanto as novas exigências dos atores, que envolve salários, royalties de distribuição de séries, filmes e outros projetos em streaming, além da preocupação com o uso da Inteligência Artificial.
Com isso, segundo as regras oficiais da greve, divulgadas por duas fontes do The Wrap, os atores não poderão participar de nenhuma gravação de séries ou filmes ao redor do mundo. Eles também não poderão promover os trabalhos, o que inclui entrevistas, conteúdo nas redes sociais e tapetes vermelhos. O que leva à pergunta: como isso vai impactar a TV e o cinema? Haverá lançamentos de filmes e séries em 2024?
Inicialmente, o cenário não vai mudar tanto. Como os roteiristas estão em greve desde maio, diversas produções já tiveram as gravações pausadas, como "House Of The Dragon" e "Stranger Things". O que já está pronto, também será lançado, especialmente se o material de divulgação, como entrevistas e participações em tapetes vermelhos já tenha acontecido, como é o caso do filme "Barbie" que chega aos cinemas neste mês de julho.
O problema é com os lançamentos que não se enquadram neste cenário. Há a possibilidade de algumas estreias serem adiadas devido a proibição dos atores para divulgar as produções. Isso afeta tanto os próximos filmes desse ano, quanto os de 2024, podendo gerar uma mudança em todo o calendário de estreias do próximo ano.
Até então, não é possível mensurar por quanto tempo os atores estarão em greve. Desde maio os roteiristas estão com as atividades paralisadas. Em 1960, quando o mesmo cenário aconteceu, a greve dos atores durou seis semanas. Já em 2000, quando o grupo parou também, durou seis meses.
Redação iBahia
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!