Frans Krajcberg doou seu ateliê e todo o seu acervo para o Estado da Bahia, que irá transformar o local num Museu
O documentário "O Grito Krajcberg", que mostra a trajetória do artista e ativista polônes, radicado na Bahia, Frans Krajcberg, terá nova sessão de pré-estreia em Salvador, no dia 7 de Julho, às 19h, no Espaço Unibanco. A obra está em finalização e inicia nova fase de captação, após parceria firmada com a Rede Bahia, o que, em breve, viabilizará a inserção nas salas de cinema. Esta exibição será só para convidados, mas a documentarista Renata Rocha já se organiza para realizar um terceiro lançamento para o grande público.Segundo Renata, jornalista e diretora do longa, houve pedidos de uma nova exibição do documentário por parte de empresários, ambientalistas, admiradores do homenageado. A promoter Marta Góes, organizadora de eventos na capital baiana, também participa desta nova etapa do projeto.
“O Grito Krajcberg” tem a proposta de ser o eco de Krajcberg, que lança ao mundo seu protesto, em prol da natureza e do meio ambiente, por meio de esculturas, fotografias e pinturas. Dirigido por Renata Rocha, o filme faz um relato da vida e obra do artista. “Amei a idéia, tenho total certeza que será um evento muito especial”, aponta Renata, sobre a reexibição do documentário em mais uma pré-estreia - só para convidados (a avant-premiére foi realizada em abril). Narrado pela cantora Maria Bethânia, a obra traz experiências de vida e depoimentos que ilustram a trajetória de Krajcberg. Com duração de 70 minutos, é uma produção independente que mergulha na história e nas visões do artista através de fotografias, depoimentos, testemunhos, registros de sua obra. Entre os nomes que testemunham sobre o artista estão o governador do Estado da Bahia, Jaques Wagner; a primeira dama do Estado, Fátima Mendonça; os artistas Emanoel Araujo, Chistiane Torloni, Victor Fasano, Justino Marinho, Anna Letycia, Carlos e Vergara entre outros.
Krajcberg passeia pelo Sítio Natura em Nova Viçosa / BA
Museu Frans Krajcberg - Krajcberg está radicado desde 1972 no sul da Bahia, onde mantém o seu ateliê no Sítio Natura, no município de Nova Viçosa. Chegou ali o convite do amigo e arquiteto Zanine Caldas, que o ajudou a construir a habitação: uma casa, a sete metros do chão, no alto de um tronco de pequi com 2,60 metros de diâmetro. À época Zanine sonhava em transformar Nova Viçosa em uma capital cultural e a sua utopia chegou a reunir nomes como os de Chico Buarque, Oscar Niemeyer e Dorival Caymmi. Depois de sofrer diversos assaltos, Krajcberg decidiu doar o ateliê e seu acervo para o Estado da Bahia, que agora é o guardião das obras cedidas pelo artista. Além da área de 37 hectares numa área de Mata Atlântica, o rico acervo de Kracjberg é composto por mais de mil esculturas, relevos, desenhos, fotografias e filmes, que passarão a ser abrigados no Museu Artístico e Ecológico Frans Krajcberg, que já tem dois prédios construídos no Sítio Natura.“O Grito Krajcberg é também o meu grito, um grito de independência, de liberdade. É o meu grito mais alto”, diz Renata Rocha, ao referir à ‘ousadia’ de estrear no cinema baiano com uma produção independente. “Krajcberg não surgiu em minha vida por acaso, eu nasci outra vez”, explica a documentarista, que também atuou no filme ao lado de outros profissionais reconhecidos do mercado baiano; entre eles, o cineasta José Francisco Serafim, que é seu co-autor no roteiro e na montagem; a editora Gilvânia Araújo; o diretor de arte Gerson Lemos; os diretores de fotografia, Kleyton Cintra e João Jasmim, dentre outros. Para a primeira etapa de produção, o documentário contou com o patrocínio do estaleiro Mac Laren Oil, além do apoio da Biscoito Fino, Governo do Estado da Bahia, Suzano Papel e Celulose, Prefeitura Municipal de Nova Viçosa, Faculdade da Cidade do Salvador, IRDEB dentre outros. Para essa nova exibição, o filme conta com o apoio da Rede Bahia. Frans Krajcberg – artista plástico naturalizado brasileiro e reconhecido mundialmente pela força de sua obra; acumula vários títulos, honrarias e prêmios por sua postura ética e humanística diante dos problemas socioambientais. Kracjberg correu o mundo debatendo os sérios problemas que ameaçam a saúde do planeta, além de realizar centenas de exposições. A sua trajetória mostra a riqueza de um ativista que construiu uma história de vida única. Desde as suas experiências ao servir ao exército soviético durante a Segunda Guerra Mundial, época em que perdeu toda a família nos campos de concentração nazista, até chegar ao Brasil, em 1948, onde chegou a passar fome e dormir nas praças públicas do Rio de Janeiro.[youtube pqTM-p568CM] Pré-estreia de “O Grito Krajcberg”Data: 07 de julho de 2011 Horário: 19h Local: Espaço Unibanco de Cinema Glauber (Praça Castro Alves)
