O dramaturgo Zé Celso Martinez, que faleceu nesta quinta-feira (6) após um incêndio que tomou conta do apartamento que vivia em São Paulo, travava uma longa briga judicial com Silvio Santos.
A disputa entre os gigantes envolvia um terreno que circunda o Teatro Oficina, que pertencia ao diretor, na região central de São Paulo. A briga entre Zé Celso e Silvio Santos teve início em 1980, quando o dono do baú comprou um terreno em volta do Teatro Oficina Uzyna Uzona, localizado no bairro da Bixiga, no Centro da capital paulista.
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Na ocasião, o apresentador planejava construir um prédio com mais de cem metros de altura para o Grupo Silvio Santos. Porém, a construção prejudicaria o espaço cênico.
O diretor chegou a entrar na Justiça contra o apresentador. Silvio, que não desistiu do plano de construir próximo ao teatro, tentou em 2016 levantar torres da Sisan, em um terreno vizinho ao Teatro Oficina.
O projeto, que previa três torres, duas delas atrapalhando a vista da associação, foi proibida pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico (Condephaat). A decisão foi revertida em 2017, porém, o destino da área ainda era incerto.
Em 2022, Zé Celso oficializou a união com Marcelo Drummond em uma cerimônia realizada no teatro. O ator chegou a convidar Silvio para o momento especial e, de acordo com o jornal 'Folha de S.Paulo', a sugestão de presente teria sido a doação do terreno próximo ao Teatro Oficina.
O dramaturgo ainda foi acionado judicialmente por conta do casamento. Na ocasião, Zé Celso ganhou de presente das atrizes Fernanda Montenegro e Fernanda Torres um ipê, que seria plantado no terreno que vem sendo disputado.
A ideia de Zé Celso era dar as boas-vindas ao parque rio Bexiga, porém, a juíza Juliana Koga Guimarães, da 39º Vara Cível do Foro Central, determinou multa de R$ 200 mil para qualquer ato praticado por Zé Celso que possa prejudicar a posse do terreno.
Redação iBahia
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