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Viúva do pedreiro Amarildo, da Rocinha, está desaparecida no Rio

Ajudante de pedreiro desapareceu há um ano, após ter sido detido por policiais. Família acredita que Elisabeth esteja perdida na comunidade em que morava.

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10/07/2014 às 15:00 • Atualizada em 27/08/2022 às 3:13 - há XX semanas
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A família do pedreiro Amarildo de Souza, que desapareceu após ter sido conduzido à sede de Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha, na zona do sul do estado, no dia 14 de julho de2013, está vivendo um novo drama. Isto porque a viúva Elisabeth Gomes da silva, 48, está sumida há 10 dias quando foi vista pela última vez embrigada na Rocinha, segundo disse à Folha, Michele Lacerda, sobrinha do casal.
A familiar afirmou que os filhos de Elisabeth farão boletim de ocorrência do seu desaparecimento na 11ª DP - ainda hoje - o casal tem oito filhos. Segundo Michele, sua tia está profudamente deprimida devido à proximidade do aniversário de um ano do desaprecimento do marido, que teria sido torturado e morto após ser levado para depor na UPP da Rocinha.
"Ela já estava mal, mas em junho, os problemas se intenseficaram, quando passou a beber compulsivamente e a consumir drogas", disse Michele.Segundo ela, a família acredita que Elisabeth esteja perdida na própria comunidade. Para certifica-se que a viúva não viajou para outras cidades, a família ligou para parentes em Macaé, no norte fluminense, e no Rio Grande do Norte, de onde Elisabeth é natural e onde vivem seus irmãos.
O advogado da família de Amarildo, João Tancredo, confirmou as informações e afirmou que Elisabeth "perdeu asteio", já que era o pedreiro quem dava suporte dentro de casa.Para o advogado,a viúva deve estar desorientada e sem conseguir voltar para casa. Elisabeth trabalha como diarista e tem direito a atendimento psicológico conferido pela Justiça, mas segundo a família, ela tem faltado ao tratamento. Além de registrar BO na polícia, a família pretende procurá-la, a partir de agora, em hospitais e necrotórios.
Relembre o caso
O ajudante de pedreiro Amarildo de Souza desapareceu em 14 de julho de 2013, após ter sido detido por policiais militares na porta de sua casa, na favela da Rocinha, e levado à UPP da favela. Ele teria sido submetido à tortura e morrido na unidade policial. O corpo do pedreiro nunca foi encontrado.O inquérito da PM aponta que os policiais envolvidos cometeram crimes passívies de punição pela Justiça Comum, e não devem responder pelos mesmos crimes na Justiça Militar. De acordo com o documento, todos os policiais militares tiveram participações nos crimes, o que inclui o major Edson dos Santos, ex-comandante da UPP da Rocinha. Com informações da Folha.

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