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Vídeo mostra casamento que foi bancado com Lei Rouanet em Jurerê

Noivo é filho de empresário apontado como cabeça de esquemas de fraudes

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Redação iBahia

28/06/2016 às 18:55 • Atualizada em 01/09/2022 às 10:24 - há XX semanas
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A operação que descobriu um esquema de fraudes na Lei Rounet, da Polícia Federal, encontrou até um casamento bancado com dinheiro público desviado. Os noivos são Felipe e Caroline Amorim - de acordo com a PF, Felipe seria filho de Antonio Carlos Bellini, dono da Bellini Cultural, apontado como cabeça do esquema. Bellini e a mulher foram presos em São Paulo pela Operação Boca Livre, deflagrada nesta terça-feira (28). O inquérito da PF inclui um vídeo com imagens da luxuosa cerimônia de casamento, que aconteceu no espaço Beach Clube, na exclusiva praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis. O vídeo mostra a comemoração regada a taças de champagne, DJ, centenas de convidados e ambientação cara. O sertanejo Léo Rodriguez fez o show.

				
					Vídeo mostra casamento que foi bancado com Lei Rouanet em Jurerê
Caroline e Felipe Amorim: casamento bancado por desvios da Lei Rouanet, de acordo com a PF(Foto: Reprodução)
"Nós vimos a gravação de um vídeo do casamento, uma festa boca livre que nós pagamos. No meu casamento, eu paguei. Por sinal, fiquei pagando um ano ainda. Nesse casamento, o senhor pagou com a Lei Rouanet um hotel cinco estrelas em Florianópolis com direito a vídeo gravado. Nós achamos que tivessem sido contratados modelos para fazer o vídeo. Eram os convidados mesmo, champanhe sendo aberto e isso com a Lei Rouanet", declarou em coletiva o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.Segundo o Extra, os noivos se conheceram há cinco anos na Argentina. Depois, engataram um relacionamento à distância - ela morava em Boa Vista, Roraima, e ele em Florianópolis. Ela acabou se mudando para a capital catarinense e foi pedida em casamento em 2014, durante viagem à Grécia. O casamento aconteceu 1 ano e oito meses depois e hoje é destaque nas notícias por conta da operação da PF.O vídeo do casamento foi divulgado pela PF:Em nota, o MinC informou que as investigações para apuração de uso fraudulento da Lei Rouanet têm o apoio integral do ministério e que “se coloca à disposição para contribuir com todas as iniciativas no sentido de assegurar que a legislação seja efetivamente utilizada para o objetivo a que se presta, qual seja, fomentar a produção cultural do país”.Segunda fase Na segunda fase da Operação Boca Livre, o objetivo será descobrir o porquê da falta de fiscalização das fraudes. “Esses projetos já saiam encarecidos [do Ministério da Cultura] com valores estratosféricos”, disse Karen Louise, procuradora do Ministério Público Federal.“Há um procedimento de fiscalização, do próprio Ministério da Cultura. São fatos relacionados a 2014. Nós temos que aproveitar a operação para punir aqueles que desviaram recursos, mas também melhorar os procedimentos preventivos de fiscalização do dinheiro público”, disse o ministro Alexandre de Moraes.Os presos na operação poderão responder por crimes como organização criminosa, peculato, estelionato contra União, crime contra a ordem tributária e falsidade ideológica, cujas penas podem chegar a até 12 anos de prisão.

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