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Vereador que fez discurso xenofóbico contra baianos sofre pedidos de cassação

Um deles partiu de um ex-prefeito da cidade onde ele atua e já deve ser votado nesta quinta-feira (2)

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Redação iBahia

01/03/2023 às 22:04 - há XX semanas
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					Vereador que fez discurso xenofóbico contra baianos sofre pedidos de cassação
Foto: Reprodução / YouTube

O vereador Sandro Fantinel, que está sendo investigado por discurso xenofóbico contra baianos vítimas de trabalho análogo à escravidão, sofreu dois pedidos de cassação na Câmara de Vereadores de de Caxias do Sul, na Serra do RS, onde atua.

De acordo com o g1, a primeira solicitação partiu do ex-vice-prefeito da cidade, Ricardo Fabris de Abreu, na manhã desta quarta, e deve ser votado já nesta quinta-feira (2).

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No pedido, Fabris diz que "Caxias do Sul e o Rio Grande do Sul são agora vergonha nacional, acusados de serem locais racistas, extremistas e xenófobos". Ele ainda afirma que o vereador transformou a Câmara de Vereadores em "uma câmara dos horrores, com a tribuna servindo de picadeiro".

Já o outro requerimento partiu das Defensorias do Estado do Rio Grande do Sul e da Bahia. No documento, os defensores pedem que “seja determinada a notificação do vereador para que apresente sua defesa e que, ao final, após análise do mérito, seja determinada a cassação do mandato, ante a conduta configuradora de violação do decoro parlamentar e tipificada como crime de racismo na Lei federal nº 7.716/89, bem como, nos termos da legislação vigente pertinente”.

Caso

Em discurso na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, no dia 28 de fevereiro, Fantinel disse que empresários do setor de uva e vinho não deveriam contratar mais “aquela gente lá de cima”, em referência aos trabalhadores da Bahia que foram resgatados nas vinícolas.  

O vereador defendeu ainda a contratação de argentinos que, segundo ele, seriam limpos, trabalhadores, corretos, cumprem o horário, mantêm a casa limpa e no dia de ir embora ainda agradecem o patrão. Fantinel completou dizendo que a única cultura que os baianos têm é viver na praia tocando tambor e, que por isso, seria normal que fosse ter esse tipo de problema.

Para o procurador do Trabalho e vice-coordenador nacional de erradicação do Trabalho Escravo no MPT, que investiga o caso, Italvar Medina, a fala do vereador “minimiza, indevidamente, a extrema gravidade da escravidão contemporânea, busca culpabilizar as próprias vítimas pelos ilícitos sofridos, tem conteúdo preconceituoso e, para piorar, estimula a discriminação nas relações de trabalho, em ofensa à Constituição da República, à legislação e a compromissos internacionais assumidos pelo Brasil”.

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