As 2 milhões de primeiras doses de vacina contra Covid-19 da marca AstraZenca, encaminhadas para o setor privado, serão recebidas para aplicação a partir desta terça-feira (31) em clínicas de três estados brasileiros. De acordo com informações divulgadas pelo site O Globo, o presidente da Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVac), Geraldo Barbosa, contou que os primeiros locais contemplados estão nas cidades de Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.
A entidade estima que cada aplicação custará, em média, R$ 350 reais e que a fatia de mercado a ser explorada é a dos brasileiros que ainda não foram ao Sistema Único de Saúde (SUS), por vontade própria.
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Ainda segundo Geraldo, a expectativa é de que haverá demanda de doses de reforço sob prescrição médica. Ou seja, quando o profissional de saúde consultado pelo paciente orienta que ele receba uma dose a mais do que dizem as normas do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
"O maior trabalho nosso é trazer luz à necessidade de manter o esquema de cada paciente completo. Queremos alcançar um público no qual o médico, na avaliação individual, determine que não é necessário esperar até 60 anos para receber a (segunda dose) adicional na rede pública", explica o presidente em entrevista ao site O Globo. "Para nós, a prescrição médica é soberana. Será, porém, uma avaliação estritamente técnica dos especialistas", finalizou.
Para além dessa vacinação “extra”, a imunização nas clínicas poderá respeitar a cartilha de vacinação estabelecida no PNI. A vacina, vale ressaltar, não pode ser aplicada em menores de 18 anos, porque não foi aprovada pela Anvisa para este público.
Logística de vacinação
No momento, o desafio para as clínicas o fato da vacina ser multidose, com dez aplicações. Uma vez aberto, ele terá que ser liquidado em até 48 horas. Daí a necessidade de agendamento nas clínicas orientada pela ABCVac.
Embora estejam fora do sistema do SUS, as vacinas oferecidas no setor privado serão incluídas no sistema do Ministério da Saúde para monitoramento de doses. Em nota, a AstraZeneca afirmou ao O Globo que "a entrada no mercado privado visa atender a uma necessidade do país, assim como é feito com a vacina da gripe e demais vacinas utilizadas no Brasil. A entrada do mercado privado depende da necessidade de cada país onde a AstraZeneca atua". Também diz que "as primeiras doses devem ser entregues às instituições ainda em maio. Quanto à disponibilização ao público final, fica a cargo de cada instituição".
Procurado para comentar o início da vacinação nas clínicas privadas, o Ministério da Saúde afirmou ao site que sua determinação sobre as idades que podem, ou não, receber as doses adicionais de reforço dizem respeito ao SUS e não às clínicas privadas.
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Redação iBahia
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