A Universidade Estadual Paulista (Unesp) expulsou 27 alunos que haviam se autodeclarado pardos ou negros e conquistaram vaga através do sistema de cotas. A instituição realizou apuração interna e considerou inválidas as autodeclarações. As informações são do G1 São Paulo.
É a primeira vez que a universidade toma este tipo de medida desde 2014, quando teve início a ação afirmativa na instituição. Segundo o professor Renato Diniz, superintendente acadêmico da Vunesp, no final do ano uma comissão para investigar supostas fraudes foi instaurada.
"A partir de um determinado momento, a Universidade identificou a necessidade de fazer uma averiguação em função da possibilidade de autodeclarações inválidas", disse Diniz.
Ainda de acordo com o superintendente, as análises foram feitas através de entrevistas com os estudantes. "Os critérios que a gente utiliza são critérios definidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) quando ele tratou das questões das cotas, critérios fenótipos [características observáveis, como cor da pele, cabelos, olhos]", completou.
Renato Diniz disse que as medidas foram tomadas após o recebimento de denúncia ou suspeita do setor de graduação, que faz contato direto com o aluno. "Se tivesse alguma dúvida, levantasse que aquele aluno merecesse alguma averiguação, poderiam ser convocados a partir da universidade", afirma.
A Unesp garante que os estudantes tiveram a oportunidade de recorrer de maneira interna antes de a reitoria determinar o desligamento.
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Redação iBahia
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