A deputada baiana Tia Eron (PRB-BA) foi um dos nomes mais comentados do Brasil nesta terça-feira (7). Voto essencial no Conselho de Ética para decidir se o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), será afastado, ela passou quatro horas na liderança do partido, segundo o jornal O Globo, para evitar pressões e assédio de outros parlamentares. Sua ausência nas discussões do Conselho gerou repercussão nas redes sociais, onde a hashtag perguntando onde estava Tia Eron foi parar nos assuntos mais comentados.
Depois que a reunião foi suspensa, Tia Eron pediu que a imprensa, que a assediou após o caso, desse paz para que ela analise o voto em separado do deputado José Carlos Bacelar (PRB-BA), que propões apenas um afastamento temporário para Cunha, ao invés de um definitivo. Ela confirmou na saída que vai votar amanhã. Segundo o Globo, ela deu sinais a outros parlamentares de que deve votar contra a cassação de Cunha. "Pressão só recebo de vocês (jornalistas) que não me dão paz para estudar. Se me permitirem tenho agora um relatório de 65 páginas para estudar. Saiu hoje o voto em separado. Vocês não acham justo?", disse Tia Eron, de acordo com o jornal.
A deputada acompanhou a sessão com líderes do PRB e interlocutores de Cunha, no gabinete, enquanto assessores negavam que ela estava no local. De vez em quando, frutas eram levadas para ela. Houve reunião entre lideranças do partido e Tia Eron. O líder Márcio Marinho (PRB-BA) afirmou ao sair que a decisão será dela. "Tia Eron vai votar com total liberdade. O partido deu total liberdade para Tia Eron decidir o seu voto". Por meio de nota, a deputada disse que está a postos para cumprir com as suas obrigações parlamentares. "Estou convicta da grande expectativa que há em nosso País, referente a esta Representação, e não me furtarei a cumprir com meu dever", disse. Confira a nota na íntegra:
A fim de evitar maiores especulações, gostaria de esclarecer que estou em Brasília, a postos para cumprir com minha obrigação no Conselho de Ética e, caso a sessão de hoje fosse para votação, teria apresentado meu voto.
No entanto, o que aconteceu nesta terça, foi uma sessão de deliberação, de discussões, na qual fora concedido aos deputados tempo para se manifestarem sobre o processo. A referida sessão não foi suspensa porque eu não me fiz presente, mas pelo fato de o relator, deputado Marcos Rogério, ter pedido vistas do voto em separado do deputado João Carlos Bacelar (PR-BA).
Estou convicta da grande expectativa que há em nosso País, referente a esta Representação, e não me furtarei a cumprir com meu dever.
Votação adiada
Apesar das mais de cinco horas de sessão, ficou para quarta-feira (8) a decisão sobre o andamento do processo de Cunha. O processo tramita há oito meses no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara.
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Redação iBahia
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