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Tetra viral é a opção para fugir da catapora na alta estação

Em Salvador, o período de maior incidência de casos de catapora começa na Primavera e se estende até o final de janeiro

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21/12/2014 às 18:10 • Atualizada em 28/08/2022 às 9:47 - há XX semanas
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Na última terça-feira, a atriz americana Angelina Jolie desmarcou os compromissos para lançamento do filme Invencível. A estrela hollywoodiana gravou até um vídeo mostrando o estado de sua pele. No início desse mês, o ator global Guilherme Leicam, o Gustavo de Alto Astral, voltava às gravações da novela depois de um período de quase 15 dias afastado do convívio dos colegas. Além da profissão, entre eles, o comum foi a contaminação por uma doença que fica mais comum nesse período do ano: a catapora ou varicela, causada pelo vírus Varicela Zóster.
Segundo a chefe de Imunizações da Secretaria Municipal de Saúde, Doiane Lemos, em Salvador o período de maior incidência de casos começa na Primavera e se estende até o final de janeiro. “Como a doença é altamente contagiosa, é importante evitar a transmissão entre crianças e adultos, daí a importância de manter as crianças doentes longe de creche ou escola, além de se respeitar o tempo da licença médica no caso de adultos”, completa a representante da saúde pública. Mulheres gestantes devem evitar contato com pessoas doentes.Os primeiros sintomas da catapora lembram uma virose qualquer: febre entre 37,5° e 39,5°, prostração, sensação de mal-estar, desânimo, dor de cabeça e cansaço. Um ou dois dias depois aparecem as manchinhas vermelhas na pele, depois as bolhinhas que formam crostas e coçam terrivelmente.A despeito de ser uma doença muito comum na infância, a catapora também se manifesta em adultos e, nos casos mais graves, pode exigir de internamento e cuidados específicos, especialmente naqueles pacientes portadores de diabetes ou os imunossuprimidos.De acordo com o infectologista Claudilson Bastos, o vírus da catapora é de fácil transmissão e o contágio pode acontecer através da pele ou por via aérea. “A doença dura entre sete e 14 dias, mais que isso, é preciso consultar um médico para evitar as complicações decorrentes de infecções secundárias contraídas por meio da pele”, esclarece o especialista.Ele lembra que uma vez que o vírus foi contraído, a imunidade passa a durar por toda a vida, mas que, no entanto, ele pode provocar, no futuro, uma outra doença conhecida como herpes-zóster ou cobreiro.PrevençãoPara a prevenir contra a catapora, é preciso tomar a vacina tetra viral, que é oferecida na rede pública de saúde para crianças com 1 ano e três meses, em dose única. Doiane Lemos lembra que, como é feita com o vírus atenuado, crianças com alergia ao componente da vacina ou com quadro febris devem evitar a imunização enquanto permanecerem doentes. “A vacina é efetiva e segura, geralmente, também é bem tolerada, mas é importante não confundir quaisquer reações da vaciana com o quadro de saúde do paciente”, diz.O médico Claudilson Bastos ressalta que adolescentes ou adultos também podem fazer a imunização, mas apenas na rede privada e, para esses, o intervalo entre a primeira e segunda doses é de três meses. “Os profissionais de saúde também precisam fazer uso dessa vacina quádrupla viral como determina a norma NR32”, esclarece o médico.A gerente técnica do Centro de Vacinação Imuniza, Tharita Teixeira, lembra que também existe uma prevenção para a manifestação do herpes-zóster, que pode ser feita com a vacina de dose única, Zostavax, recém-lançada no Brasil e só disponível na rede privada. “Indicado para pessoas acima de 50 anos, o antídoto custa cerca de R$ 500 e é o principal meio de prevenção da herpes-zóster. Ela tem 70% de eficácia e previne contra a doença, a neuralgia pós- herpética e as dores aguda e crônica decorrentes do zóster”, diz Tharita Teixeira, ressaltando que o cobreiro não tem nenhuma relação com o herpes labial, por exemplo. Ela pontua que a forma de herpes do vírus se manifesta com dores nevrálgicas, coceira, formigamento, dor de cabeça, febre e aparecimento de vesículas na pele. Geralmente, a manifestação acomete uma em cada três pessoas acima de 50 anos. “O vírus pode permanecer inativo e ser reativado em caso de queda da imunidade, durante tratamentos de quimioterapia, doenças debilitantes ou nos períodos de estresse intenso”, esclarece. Ela lembra que, geralmente, a doença se manifesta uma única vez e desaparece depois de cerca de 30 dias. “O aspecto visual da doença contribui para que muita gente se confunda com outras doenças de pele. Mas o herpes-zóster é acompanhado de dores crônicas que podem durar meses ou anos, mesmo depois do desaparecimento das lesões cutâneas”, destaca.CuidadosPara minimizar o impacto da contaminação da catapora é importante evitar o contato direto com pessoas doentes, especialmente se as bolhas ainda estiverem surgindo. Embora seja uma tarefa, complicada, os médicos recomendam não permitir que as crianças cocem as lesões para evitar infecção por bactéria na área da pele afetada. Outra dica importante para garantir a integridade da pele e a proteção do organismo é não arrancar as crostas.É fundamental que a pessoa contaminada mantenha repouso, especialmente se tiver febre. Toda a alimentação nesse período precisa estar baseada em alimentos leves e muito líquido. Bastos lembra que não existe medicação para tratar catapora, apenas para amenizar os sintomas. “Os recém-nascidos e os idosos são os mais vulneráveis, por isso, eles precisam de atenção especial, mas quando o adulto contrai a doença é preciso redobrar a atenção para que o problema não se agrave”, finaliza.
Correio24horas

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