Raí de Souza, de 22 anos, negou à polícia, na noite de sexta-feira, que tenha estuprado a jovem de 16 anos no Morro do Barão, Praça Seca, Jacarepaguá. A jovem afirma que 33 homens a violentaram, filmaram e publicaram as imagens na internet. De acordo com o delegado Alessandro Thiers, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), Raí culpou um traficante chamado Jefferson de ter gravado e distribuído as imagens. No entanto, admitiu, segundo o advogado que o defende, Cláudio Lúcio Silva, que estava no momento em que as imagens foram feitas. — Não houve um estupro. O vídeo foi feito no celular do Raí, mas não foi ele que divulgou — afirmou o advogado: — Houve um ato sexual entre o meu cliente e a suposta vítima, consentida pelo mesmo. A situação dos 30 homens é um funk que fala sobre isso. Divulgar imagens de menores de idade é crime previsto no Estatudo da Criança e do Adolescente (ECA) com pena de prisão de três a seis anos. O advogado de Raí deu a mesma versão apresentada por Lucas Pedroso Duarte Santos, de 20 anos, que nega ser namorado da vítima. Eles dizem que saíram de um baile funk na madrugada de sábado e foram com a menina e uma amiga, de 18 anos, para uma casa abandonada da comunidade. Lá, segundo os suspeitos, Lucas fez sexo com a amiga, e Rai com a vítima. Na versão dos dois, tudo foi consensual e ninguém teria consumido drogas. A vítima, no entanto, dá outra versão. Ela diz que 33 homens a estupraram no quarto. Ao jornal “O Globo”, ela deu detalhes da noite de horror. Diz que enquanto dois a seguravam, para que não fugisse, outros dois a violentavam, até mesmo com armas. — Me sentia totalmente indefesa. Eu pensava em sair dali. Achava que ia morrer. Achei que eles iam me enforcar. Até arma eles usaram. Quero a justiça de Deus para essas pessoas — contou a menina. Os advogados afirmam que não viram o vídeo. Cláudio Lúcio Silva disse, no entanto, que ela estava dormindo na hora da filmagem. As imagens mostram pelo menos dois homens mexendo na jovem, que estava nua e desacordada. Eles exibem a vítima e dizem que “essa aqui, mais de 30 engravidou. Entendeu ou não entendeu?”. Os homens também exibem o órgão genital da jovem ainda sagrando. “Olha como que tá (sic). Sangrando. Olha onde o trem passou. Onde o trem bala passou de marreta” , diz o outro agressor, orgulhoso. O caso ganhou repercussão pelo Twitter após os agressores divulgarem as imagens na internet. Além do vídeo, há pelo menos uma foto de um homem a frente do corpo nu da jovem. O perfil de um dos homens que postaram as imagens foi apagado. O delegado Alessandro Thiers afirma que ainda investiga se houve ou não um estupro. Ele só confirma que há o crime de divulgação de imagens de uma menor de idade nua.
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Redação iBahia
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