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Suspeito das mortes de Marielle e Anderson é preso, diz delegada

Renatinho Problema é suspeito de integrar uma milícia. Contra ele havia dois mandados de prisão: por homicídio e outro por porte ilegal de arma

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Redação iBahia

18/12/2018 às 10:47 • Atualizada em 31/08/2022 às 20:25 - há XX semanas
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Um ex-PM suspeito de estar envolvido nas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foi preso, nesta terça-feira (18), em Guapimirim, na Baixada Fluminense. Renato Nascimento Santos, conhecido como Renatinho Problema, foi localizado por agentes da 82ª DP (Maricá).

Renatinho Problema é suspeito de integrar uma milícia. Contra ele havia dois mandados de prisão: por homicídio e outro por porte ilegal de arma. De acordo com a delegada Carla Tavares, titular da 82ª DP, o preso está sendo levado para a delegacia de Maricá e, de lá, seguirá para a Delegacia de Homicídios (DH) da Capital. A especializada é responsável pela investigação das mortes de Marielle e Anderson.

Além de Renatinho, outro ex-PM também foi preso na mesma ação. Ele estava com armas e foi autuado em flagrante.

Em nota, a assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que a prisão do ex-PM ocorreu porque, contra ele, havia um mandado de prisão pendente "em investigação de homicídio conduzida pela Delegacia de Homicídios da Capital, para onde será levado para prestar depoimento. O mandado não é referente ao inquérito do caso Marielle e Anderson".

Marielle e Anderson foram mortos a tiros na noite de 14 de março, no Estácio.

Disputa fundiária
A disputa fundiária e política na Zona Oeste do Rio — em especial, Rio das Pedras, Vargem Grande, Vargem Pequena e Pedra de Guaratiba — pode ser a motivação das mortes de Marielle e Anderson. Baseado nessa linha de investigação, o Ministério Público pediu a expedição de mandados de busca e apreensão na casa do vereador Marcello Siciliano (PHS), no gabinete dele na Câmara dos Vereadores e nas empresas do parlamentar, nesta sexta-feira. O objetivo era recolher qualquer tipo de mídia eletrônica, ou seja aparelhos de celular e computadores, para descobrir se há uma ligação entre Siciliano e o assassinato da vereadora.

O parlamentar, que não estava em casa, na Barra da Tijuca, nem compareceu na quinta-feira à Câmara dos Vereadores, foi à Cidade da Polícia na ocasião e disse que estava perplexo com a operação:

— Estou perplexo com isso tudo. Continuo muito indignado com essa exposição toda com a minha família. Estou muito triste. Depois de nove meses, estar passando por tudo isso. Eles não terem nada contra mim e montarem uma operação pela Delegacia do Meio Ambiente para tentarem me incriminar em alguma coisa, para achar um motivo para eu ter feito essa tamanha covardia. Não sou criminoso. Não sou bandido. Tenho cinco filhos, três netos. Estou muito envergonhado com essa exposição toda errada a meu respeito, essa tentativa de me insinuar qualquer coisa parecida — disse Siciliano.

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