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Saiba quem terá direito a auxílio de R$ 200 e como pedir

Medida deverá atingir até 20 milhões de pessoas, segundo o Ministério da Economia

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Redação iBahia

24/03/2020 às 15:40 • Atualizada em 29/08/2022 às 3:09 - há XX semanas
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Com o objetivo de minimizar os prejuízo da pandemia do novo coronavírus, o Governo Federal anunciou um benefício de até R$ 200, por três meses, para trabalhadores de baixa renda que sejam informais, autônomos e desempregados. A medida deverá atingir até 20 milhões de pessoas, segundo o Ministério da Economia. As informações são do portal UOL.

Foto: Reprodução

A decisão se destina a pessoas que não têm carteira assinada nem recebem algum outro benefício, como Bolsa Família e seguro-desemprego. Ela deverá ser implementada por meio de um projeto de lei, que o governo encaminhará ao Congresso e, só depois de aprovada, começará a valer.

Até o momento, o projeto não foi divulgado, mas o governo adiantou alguns pontos que devem constar no texto oficial. Confira o que se sabe até agora, de acordo com o UOL:

Quanto é pago e por quanto tempo?
Cada pessoa que tiver direito deve receber R$ 200 por mês, durante três meses, a princípio, segundo o Ministério.

Quem tem direito?
Poderão receber o auxílio os trabalhadores que não têm carteira assinada, microempreendedores individuais e desempregados, que tenham mais de 18 anos e se enquadrem nos critérios do CadÚnico (Cadastro Único), registro de pessoas de baixa renda para que possam receber benefícios sociais.

Para ter direito, também não pode estar recebendo algum outro benefício, como BPC (Benefício de Prestação Continuada), Bolsa Família, seguro-desemprego, aposentadoria ou pensão, de acordo com o Ministério.

Quantas pessoas terão direito?
Segundo o UOL, o governo estima que entre 15 milhões e 20 milhões de pessoas terão direito a receber o auxílio de R$ 200.

O que é o Cadastro Único?
O Cadastro Único é um instrumento que identifica e caracteriza a situação socioeconômica das famílias brasileiras de baixa renda, segundo o Ministério da Cidadania.

É a inscrição nesse instrumento que permite às famílias de baixa renda ter acesso aos programas sociais do Governo Federal, como o Bolsa Família, a Tarifa Social de Energia Elétrica e o BPC.

Quem pode se inscrever no Cadastro Único?
Segundo o Ministério da Cidadania, podem se inscrever no Cadastro Único as famílias que:

- Possuem renda mensal por pessoa de até meio salário mínimo (R$ 522,50 em 2020);

- Possuem renda familiar total de até três salários (R$ 3.135 em 2020);

- Possuem renda acima dessas, mas que estejam vinculadas ou pedindo algum programa ou benefício que utilize o Cadastro Único em suas concessões;

O UOL lembra ainda que estar no Cadastro Único não significa a entrada automática nos programas, como o Bolsa Família, por exemplo. Cada um deles tem suas regras específicas.

Como será a inscrição para o auxílio de R$ 200?
Quem está no Cadastro Único e cumpre os critérios para o benefício de R$ 200 (ter mais de 18 anos, não receber outro benefício nem ter emprego com carteira assinada) já está inscrito para receber e não precisa fazer nada, segundo o Ministério.

O governo afirma que atualmente 14 milhões estão no CadÚnico, mas nem todos cumprem os critérios para o benefício.

A verificação pelo governo se essa pessoa tem um emprego com carteira assinada será feita por meio do Cnis (Cadastro Nacional de Informações Sociais), que é o cadastro de informações da Previdência dos trabalhadores.

Quem não está no Cadastro Único precisa se inscrever?
O governo afirma que não é preciso se inscrever no Cadastro Único para receber, caso não esteja inscrito. De acordo com Bruno Bianco Leal, secretário especial de Previdência e Trabalho, em entrevista ao UOL, será criado um site junto com o Ministério da Cidadania para que a pessoa que não esteja no CadÚnico, mas que cumpre os requisitos, possa se inscrever.

"Quem não está no CadÚnico fará inscrição, fará cadastramento, nesse site que nós divulgaremos no momento oportuno, faremos esses mesmos batimentos (para saber se cumpre os critérios) e ela receberá o benefício", disse Bruno. O governo ainda não disponibilizou esse site para inscrição.

Quando começa o pagamento?
O benefício deverá ser criado por meio de Projeto de Lei, mas ainda não foi encaminhado ao Congresso. O Ministério não disse quando iniciará os pagamentos, mas Felipe Portela, presidente da Fundacentro, afirmou durante o anúncio da semana passada que "a ideia é o mais rápido possível".

MEI pode receber?
Sim, quem é MEI (Microeempreendedor Individual) pode receber o benefício, desde que cumpra os requisitos do auxílio. Há, inclusive, pessoas que têm o registro de MEI e estão no CadÚnico, segundo Bruno Bianco Leal, podendo ter o direito.

Quem não está, poderá fazer a inscrição por meio do site que será criado pelo governo.

Como será o pagamento?
O pagamento deverá ser feito direto na conta do trabalhador, segundo Bruno Bianco Leal. Para quem não tem conta em banco, o governo pretende viabilizar com bancos públicos o fornecimento de um cartão virtual que permitiria o saque dos valores em caixas eletrônicos.

Quanto será gasto pelo governo?
Ainda segundo o UOL, a previsão é que serão gastos ao todo R$ 5 bilhões por mês com a medida. Como serão três meses de pagamento, o total gasto deve ser de R$ 15 bilhões.

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