A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira novo reajuste das bandeiras tarifárias, que incidem na conta de luz em caso de escassez hídrica ou qualquer fator que aumente o custo de produção de eletricidade. Os aumentos irão de 3,2% a 63,7%, dependendo do tipo da bandeira.
Os aumentos ainda não encarecerão as contas de luz porque, desde abril, a bandeira tarifária está verde, quando não ocorre cobrança adicional. Os valores entrarão em vigor em 1º de julho e serão revisados em meados de 2023.
Leia também:
Conta de luz não para de subir? Saiba como economizar
Segundo a Aneel, a alta reflete a inflação e o maior custo com as usinas termelétricas em 2022, acionadas em momentos de crise hídrica.
Os novos valores das bandeiras:
- Bandeira verde: sem cobrança adicional;
- Bandeira amarela: +59,5%, de R$ 18,74 para R$ 29,89 por megawatt-hora (MWh);
- Bandeira vermelha patamar 1: +63,7%, de R$ 39,71 para R$ 65 por megawatt-hora (MWh);
- Bandeira vermelha patamar 2: +3,2%, de R$ 94,92 para R$ 97,95 por megawatt-hora (MWh).
Desde 16 de abril, vigora no Brasil a bandeira verde, quando foi antecipado o fim da bandeira de escassez hídrica. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a bandeira verde será mantida até dezembro, por causa da recuperação dos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas no início do ano.
Porém, a cobrança pode voltar a partir de 2023, a depender do custo para produção de energia. A Aneel divulga mensalmente qual a bandeira tarifária em vigor.
Consulta pública
A agência abriu uma consulta pública, que recebeu contribuições até o dia 14 de maio, durante a qual parte dos agentes do setor sugeriu criar um novo patamar de bandeira, o que foi rejeitado.
Segundo a área técnica da Aneel, o caso precisa ser avaliado "com parcimônia".
Leia mais sobre Brasil em iBahia.com e siga o Portal no Google Notícias.
Agência O Globo
Agência O Globo
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!