O crescente descrédito em relação ao Uber tem levado funcionários da empresa a buscar novas opções de emprego, e recrutadores têm notado uma alta no número de candidatos que, atualmente, trabalham na empresa de transporte urbano. De acordo com o "Financial Times", rivais do Uber na cidade de Bay Area começam a receber cada vez mais currículos de antigos funcionários do app de transporte, especialmente após diversas crises na empresa.
Após o vazamento do vídeo de um bate-boca entre o CEO do Uber, Travis Kalanick, e um motorista da empresa, o posterior pedido de desculpas de Kalanick, e a acusação de assédio sexual por uma engenheira, funcionários começam a questionar a liderança da empresa e a duvidar de seu valor no mercado de ações.
Segundo Guillaume Champagne, presidente da SCGC Executive Search, o número de pessoas que querem deixar a empresa aumentou entre 5% e 10% na última semana. Para ele, esse aumento se refere principalmente às pessoas que, segundo ele, “não se adequam à cultura da empresa”.
"Para ser justo, as pessoas normalmente já sabem como é o universo da empresa quando escolhem entrar para o Uber. Elas sabem que esse é um ambiente predominantemente masculino, muito poderoso e com uma cultura de investidores", defendeu.
Para empregados da Uber, sair da empresa muitas vezes significa deixar para trás ações restritas ou opções de ações que valem centenas de milhares (senão milhões) de dólares na empresa privada, atualmente a mais valorizada do Vale do Silício — seu valor de mercado está na casa dos US$ 70 bilhões.
"Historicamente, foi muito difícil recrutar empregados da Uber, porque as pessoas não queriam deixar suas opções de ações para trás", disse Champagne. "Do ponto de vista puramente financeiro, o Uber precisaria tornar-se um lugar horrível para deixá-lo."
Apesar disso, de acordo com um recrutador que não quis se identificar, e que já trabalhou no Uber, o número de currículos não solicitados de antigos empregados da empresa deram um salto na semana passada, principalmente após a acusação de assédio e sexismo na companhia. Segundo ele, a empresa recebeu mais currículos de ex-funcionários do Uber em uma semana do que durante todo o mês anterior.
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Redação iBahia
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