A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap) informou que o ex-deputado federal e presidente de honra do PTB, Roberto Jefferson, será transferido para o Complexo de Gericinó, na zona oeste da capital. Ele ficará no Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8. O órgão, no entanto, ainda não tem uma previsão para a realização da transferência.
A decisão foi tomada após sua prisão ser mantida na audiência de custódia realizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O procedimento foi conduzido via videoconferência pelo desembargador Airton Vieira, juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Roberto Jefferson está desde ontem (23) no Presídio José Frederico Marques, também conhecido como Cadeia de Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro.
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O ex-parlamentar é réu em ação onde são investigados atos anti-democráticos. No âmbito desse processo, Roberto Jefferson esteve preso em Bangu 8 entre agosto do ano passado e janeiro deste ano. Desde então, ele estava em prisão domiciliar. Seu retorno a uma unidade penitenciária foi determinado pelo STF por descumprimento de medidas cautelares. Entre outras determinações, ele estava proibido de postar nas redes sociais. Na sexta-feira (21), em vídeo publicado na internet, Roberto Jefferson ofendeu a ministra Cármen Lúcia.
A equipe da Polícia Federal incumbida do cumprimento do mandato de prisão na manhã de ontem (23) foi surpreendida com a resistência do ex-deputado. Ao se dirigir à sua residência localizada no município de Levy Gasparian (RJ), ela foi recebida a tiros por Roberto Jefferson, que também lançou duas granadas. Dois policiais tiveram ferimentos leves. O mandado só foi cumprido oito horas depois, quando o ex-deputado se entregou após longa negociação. Pelo ataque, Roberto Jefferson foi indiciado pela PF por quatro tentativas de homicídio e poderá se tornar réu em um novo processo.
O ex-deputado também esteve preso entre 2014 e 2015, após ser condenado no julgamento do escândalo do mensalão, do qual foi posteriormente beneficiado por um indulto natalino. O decreto assinado pela então presidente Dilma Rousseff era similar aos editados por presidentes anteriores como Lula, Fernando Henrique Cardoso e Itamar Franco. Foi concedido perdão para condenados que já tivessem progredido para o regime aberto, que tivessem cumprido um quarto da pena e cujas penas remanescentes não fossem superiores a oito anos.
Nas eleições deste ano, o ex-deputado chegou a lançar sua candidatura a presidente da República pelo PTB, mas foi considerado inelegível. A legenda escalou Padre Kelmon para substituí-lo, que teve pouco mais de 81 mil votos, menos de 0,1% do total. No segundo turno, o PTB anunciou apoio à reeleição de Jair Bolsonaro.
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Agência Brasil
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