Uma rebelião no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Sudoeste do Pará, deixou ao menos 52 mortos na manhã desta segunda-feira. Segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), 16 pessoas foram decapitadas.
Os detentos fazem uma rebelião desde as 7h desta segunda-feira. Dois agentes penitenciários mantidos reféns por uma hora, foram liberados pós uma negociação, que envolveu o juizado de Altamira, o Ministério Público e a Polícia Civil.
De acordo com a Susipe, presos do bloco A, de uma mesma facção criminosa, invadiram o anexo do presídio, onde vivem custodiados membros de um grupo rival. Uma briga entre essas organizações de criminosos teria motivado a rebelião. O motim durou cerca de cinco horas.
- Nosso serviço de inteligência não apontou possibilidade para ataques. Nenhum de nossos detentos fez exigências recentemente que pudesse levar a essa possibilidade. Tudo ocorreria normalmente - disse o Secretário da Susipe, Jarbas Vasconcelos.
Do lado de fora da unidade, famílias de internos aguardam por informações de parentes.
- Ninguém fala nada, não temos notícia alguma. Estou aqui sem sabe se meu sobrinho está vivo ou morto - conta a dona de casa, Clarissa Silvano.
Ao GLOBO, Vasconcelos afirmou que a unidade prisional tem capacidade para 208 detentos, mas atualmente o número era de 372 presos. Chefes de segurança do estado são aguardados na tarde desta segunda-feira para acompanhar a situação no Centro de Recuperação.
O governador do Pará, Helder Barbalho, do MDB, disse que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, acompanha a situação em Altamira. Barbalho contou ter recebido uma ligação de Moro no inicio desta tarde, onde o ministro prometeu fazer uma reunião de emergência para tratar do assunto.
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Redação iBahia
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