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Rapaz distribui panfletos em busca da mãe e acha família

Irmão que nasceu após o desaparecimento de Carlos, achou um panfleto com telefone do familiar

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Redação iBahia

26/11/2020 às 9:40 • Atualizada em 27/08/2022 às 17:40 - há XX semanas
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Um homem de 32 anos, identificado como Antônio Carlos da Silva, reencontrou a família após 27 anos de separação após decidir distribuir panfletos à procura da mãe. De acordo com o G1 Ceará, o caso aconteceu quando ele fugiu de casa aos cinco após presenciar uma agressão do padrasto à mãe, em Juazeiro do Norte (CE), em 1993.

Segundo ainda o G1 CE, o rapaz se escondeu em um ônibus no terminal rodoviário da cidade e acabou dormindo no veículo. Quando acordou, estava em Fortaleza (CE), perdido da família.

Incentivado por um amigo também chamado Carlos, ele decidiu distribuir panfletos em busca dos parentes com as poucas informações de que se lembrava, além de uma foto atual e outra de quando era criança. Nesta terça-feira (24), Antônio Carlos recebeu uma ligação de um irmão biológico mais novo, que não chegou a conhecer.

“Eu fui entregando panfletos nas cidades. Posto de gasolina, recepção de hotel, churrascaria, e também coloquei nas redes sociais”, disse o amigo. Um enfermeiro que viajava pegou um dos papéis na recepção do Hotel Municipal de Araripe e o guardou.

“Eu não sei por que motivo perdi o papel, mas quando eu estava jantando e abri o celular, tinha o mesmo panfleto no Facebook, aí eu fui ler com atenção”, conta o enfermeiro Clécio, irmão de Carlos.

O panfleto relatava uma história parecida com a que a mãe de Clécio contava. “Você vá, mas volte. Perdi um filho, não aguento perder outro não”, era o que Clécio ouvia da mãe, Geane da Silva. Ela faleceu em 2017, vítima de um câncer de mama.

O enfermeiro decidiu ligar para o número de contato escrito no bilhete e descobriu que falava com o irmão desaparecido, que não chegou a conhecer por ter nascido após o desaparecimento de Antônio Carlos.

Os dois irmãos mantêm contato desde terça e já planejam se conhecer pessoalmente no próximo fim de semana, junto com a avó dois dois, Francisca da Silva. “Vai ser muita emoção pra ela”, diz Clécio.

Quando chegou à Fortaleza em 1993, Antônio Carlos foi levado pelo motorista do ônibus até uma casa de acolhimento de crianças órfãs. Depois, ele passou por diversos abrigos e chegou a morar nas ruas da capital cearense, até que foi adotado.

Hoje, Antônio Carlos é motorista, é casado e tem uma filha. Da infância, ele lembrava do nome de sua mãe, que tinha três irmãos, sabia seu próprio nome completo e que tinha um tio artesão, chamado Nino, que lhe presentava com carrinhos feitos de barro.

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