A contraprova do teste feito em uma menina de 13 anos que havia viajado à Itália deu positivo para o novo coronavírus, mas o Ministério da Saúde está evitando classificá-lo como o quarto caso confirmado no Brasil. A justificativa é que, por não ter apresentado sintomas, ela não se enquadraria como caso suspeito. Assim, a contabilidade oficial é de três casos confirmados.
A contraprova ficou pronta na terça-feira, mas na entrevista coletiva de quarta-feira o Ministério da Saúde informou que ainda estava esperando o resultado. O que ocorreu foi que, por ser uma paciente sem sintomas, a pasta preferiu esperar mais enquanto oficialmente dizia que o caso estava sendo investigado ainda.
Na última quarta-feira, a pasta comunicou que outras análises ainda estão sendo realizadas "que devem mostrar situações como carga viral e potencial de transmissão, supressão de sintomas por uso de medicamentos (foi atendida em hospital italiano por lesão de ligamento) e histórico dos familiares que a acompanharam na viagem".
No boletim divulgado pelo Ministério da Saúde na quarta, havia ainda 531 casos suspeitos e 315 descartados.
Em nota, o ministério classificou o caso como "situação atípica" e diz que está estudando junto com as secretarias estadual e municipal de saúde de São Paulo "uma infecção assintomática por COVID-19". O ministério informa que "segundo critérios técnicos, embora tenha confirmado a presença do vírus, um portador assintomático não cumpre a definição de caso, o que incluiria febre associado a mais um sintoma respiratório. Portanto, esse não será somado aos casos confirmados do novo coronavírus".
Outras análises estão feitas para testar a carga viral e o potencial de transmissão. A menina havia sido atendida numa hospital italiano por ter sofrido uma lesão de ligamento e os técnicos investigam se os medicamentos que tomou podem ter contribuído para esconder os sintomas do coronavírus.
“Em saúde pública, critérios de definição de casos suspeito e confirmado não podem, nem devem, ser confundidos com critérios de inclusão que se utiliza em projetos de pesquisa”, disse o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, na nota.
“Critérios de definição são utilizados para uniformizar as ações de vigilância, utilizar adequadamente os recursos laboratoriais, obter informações que colaborem, por exemplo, com a estruturação da rede de assistência e com adoção de medidas de prevenção e controle exequíveis”, explicou.
O ministério informou ainda que, apesar de a notificação não ter sido incluída como caso confirmado, a adolescente e seus contatos serão monitorados.
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Redação iBahia
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