O porta-voz do Presidência, Otávio do Rêgo Barros, declarou nesta segunda-feira que o presidente Jair Bolsonaro analisa "dia a dia" sua situação com o PSL, seu partido, mas disse não ser possível adiantar se ele continuará na legenda. Ainda segundo o porta-voz, ele usa uma metáfora para comentar a crise deflagrada na semana passada, quando ele foi flagrado dizendo a um apoiador que esquecesse a sigla.
- Qualquer casamento é passível de divórcio - comentou, citando o presidente.
Rêgo Barros afirmou que Bolsonaro gostaria de ressaltar a preocupação de que o PSL "seja um partido diferente" e seja "referência como partido político, transparente". Para que isso ocorra, segundo o porta-voz, é preciso que haja "compliance", termo em inglês que significa algo como “agir em sintonia com as regras”.
Pela manhã, o presidente recebeu os advogados Karina Kufa, que o representa em processos particulares, e Admar Gonzaga, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que está atuando como consultor. Rêgo Barros disse que eles trataram de "assuntos particulares e relativos ao seu partido.
Questionado sobre declarações recentes do senador Major Olímpio, líder do PSL no Senado e apoiador de primeira hora de Bolsonaro, de que os filhos do presidente têm "mania de príncipes" e que ele "precisava providenciar a internação psiquiátrica" do vereador Carlos Bolsonaro, o porta-voz disse que o presidente não comentou diretamente o "contencioso" entre o parlamentar e seu filho. Mas sinalizou que foi responsável por sua eleição:
- Não obstante, lembrou-me que apoiou o Major Olímpio no final da campanha, nas últimas eleições, o ajudou a atingir uma quantidade considerável de votos, que o tornaram o senador mais votado em São Paulo. A cinco dias da eleições, o senador Major Olímpio encontrava-se, segundo alguns institutos de pesquisa em quinto lugar.
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Redação iBahia
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