O presidente Jair Bolsonaro afirmou na quarta-feira (16), em passagem por Salvador, que a ideia do ministro da Saúde Marcelo Queiroga é mudar o status da Covid-19 no Brasil, deixando de ser uma pandemia para se tornar uma endemia, no final de março.
Mas qual é a diferença entre as classificações? Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma pandemia é a disseminação mundial de uma nova doença e o termo passa a ser usado quando uma epidemia, surto que afeta uma região, se espalha por diferentes continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa.
Já uma endemia, é o status de doenças recorrentes, que se manifestam com frequência em determinada região, mas que os serviços de saúde já estão preparados para tratar.
De acordo com especialistas o Observatório Covid-19 Fiocruz, a pandemia é um fenômeno mundial, portanto não cabe a uma país isoladamente decretar seu fim. Além disso, para se tornar uma endemia, a doença teria formas de diagnóstico e tratamento disponíveis para toda a população. Ou seja, todos os postos de saúde, ambulatórios e hospitais teriam que passar a tratar a doença como uma rotina.
No início de março, Reino Unido, França e outras nações da Europa anunciaram que, por conta da melhora nos indicadores, mudariam a classificação da covid para endemia. No entanto, a OMS afirmou à CNN na terça-feira (15) que "a pandemia só terminará em algum local quando terminar em todos”, apesar de "os gestores locais são livres para fazer suas políticas sanitárias".
Cenário atual
No Brasil, a média móvel reduziu para abaixo de 50 mil por dias. Neste nao, em meio ao pico da variante Ômicron, a média chegou a ultrapassar a marca de 180 mil, maior taxa da história da Covid-19 no país.
Além disso, a média móvel de mortes de nos últimos 7 dias é de 345 - a menor desde 25 de janeiro (quando estava em 332).
Em relação à vacinação, o Brasil tem mais de 73% receberam as duas doses, o que refletiu na proporção de óbitos menor do que a vista em 2021, apesar do alto número de infecções registradas no começo de 2022.
No entanto, a variante Ômicron tem um escape maior em relação às vacinas disponíveis. Isso acontece especialmente alguns meses após aplicação da segunda dose e a imunização com dose de reforço está muito aquém do necessário para barrar o avanço de novos casos.
A Bahia, por exemplo, até esta quinta-feira, aplicou a dose de reforço em pouco mais de 38% do público alvo, de acordo com dados da Secretaria da Saúde da Bahia.
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Redação iBahia
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