A pressão de participar da primeira Olimpíada, em casa, foi menos sentida por oito dos 465 integrantes da delegação brasileira na Rio-2016. Este pequeno grupo participou do projeto Vivência Olímpica, do Comitê Olímpico do Brasil (COB), em Londres-2012 — que no total levou 16 promessas para sentir o clima dos Jogos de perto, mesmo sem estarem classificadas para competir. A ideia era diminuir o impacto na hora de efetivamente estrear no megaevento.
Foto: Roberto Castro |
E, para metade do grupo, deu muito certo. Martine Grael, na vela, e Thiago Braz, no salto com vara, subiram ao lugar mais alto do pódio; Felipe Wu, do tiro esportivo, foi medalha de prata; e Isaquías Queiroz, da canoagem, conquistou duas pratas e um bronze, tornado-se o maior medalhista do Brasil em uma só edição de Jogos. Além deles, o arqueiro Bernardo Oliveira, o mesatenista Hugo Calderano, a lutadora Lais Nunes e a ginasta Rebeca Andrade participaram do programa e não fizeram feio diante da torcida.
Há quatro anos, esses oito atletas conheceram a Vila Olímpica de Londres, visitaram o centro de treinamento do Brasil e assistiram a competições nas arenas. Tudo para tornar o ambiente na Rio-2016 o mais familiar possível.
— Cheguei com uma noção maior das coisas, sabia mais ou menos como seria — contou Calderano, de 20 anos, que chegou às oitavas de final do tênis de mesa, igualando o feito de Hugo Hoyama em Atlanta-96: — Vim com um pouquinho mais de experiência, é importante para os atletas chegarem sabendo o que os espera.
A escolha dos atletas que participaram do Vivência Olímpica seguiu como critério número 1 a previsão de bons resultados. A ideia foi inspirada em uma iniciativa dos britânicos, que fizeram um programa parecido em Pequim-2008, de olho nos Jogos em casa quatro anos depois.
Programa ampliado
O programa Vivência Olímpica foi ampliado durante a Rio-2016. De 16 subiu para 20 o número de atletas que foram convidados a participar da iniciativa, agora já pensando em Tóquio-2020.
Eles foram divididos em dois grupos de dez e passaram quatro dias vivenciando o clima olímpico na cidade. Palestras com os técnicos Marcos Goto, da ginástica artística, e Bernardinho, do vôlei, fizeram parte das atividades programadas.
— Tentamos antecipar um pouco dessa experiência, sabemos que uma primeira Olimpíada nem sempre é a melhor — explicou Sebastian Pereira, gerente de Performance Esportiva do Comitê Olímpico do Brasil: — Nosso trabalho foi no sentido de trazê-los para mais perto dessa realidade dos Jogos.
Na edição carioca do programa, atletas de 16 modalidades foram contemplados. E a ideia é que o Vivência Olímpica continue no Japão.
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Redação iBahia
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