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Professor aplica prova pelo Twitter para contornar greve no Rio de Janeiro

Ele limitou o tamanho da prova a três páginas por conta da liberdade que a rede dá aos alunos

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30/06/2011 às 17:29 • Atualizada em 29/08/2022 às 12:38 - há XX semanas
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Na tentativa de contornar a greve dos servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), um professor do curso de Relações Internacionais decidiu utilizar o twitter para aplicar sua última prova do semestre. Sem poder entrar na sala de aula, visto que os prédios da faculdade estão fechados por causa da paralisação, e com o final do semestre se aproximando, o professor Marcelo Coutinho postou a questão da prova por volta das 17h30 do dia 28 de junho em sua conta. “Aí vai a questão da prova de Introdução às Relações Internacionais. Uma única questão, dividida em duas partes e dois tweets seguintes”, dizia o tweet de Coutinho. Logo em seguida, veio a questão e um pedido de análise.
Em entrevista à Revista Época, o professor disse que pensou em uma pergunta mais reflexiva e complexa justamente para contornar o possível problema com a cola. “A própria questão foi pensada para que os alunos estudassem. São três autores complexos que obrigam eles a ler os textos passados em sala de aula. E o prazo que dei para responderem a prova foi de 48 horas, que não é muito comprido”, afirmou. A iniciativa foi bem recebida pelos alunos, que acharam a ideia de Coutinho uma grande inovação e sinal de modernidade. Segundo o professor, os alunos são todos jovens na faixa dos 20 anos, familiarizados com a internet e conectados o tempo todo. RegrasO professor limitou o tamanho da prova a três páginas por conta da liberdade que a rede dá aos alunos para copiar trechos e pediu para que todas fossem entregues redigidas à mão e pessoalmente ou por procuração. Os alunos também concordaram com as regras. Apesar de estabelecer que cópias comprovadas receberiam um zero, Coutinho deixou seus alunos livres para conversar entre si e com outras pessoas mais experientes. Por conta da greve, a assessoria de imprensa da UFRJ não passou uma posição sobre a iniciativa do professor.

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